Investimentos asseguraram as melhorias necessárias para o atendimento na UTI, que começa a partir de janeiro do ano que vem
“Quando as forças se somam por uma grande causa, Deus está presente e o amor vence. Obrigado, comunidade.” A frase, eternizada em uma placa na entrada das unidades de terapia intensiva neonatal e pediátrica do Hospital Santa Cruz (HSC), sintetiza a grandeza de uma das maiores conquistas da comunidade na área da saúde. No dia 10 de abril de 1997, o então prefeito Sérgio Moraes e o vice, Gastão Schmitt, descerravam a fita inaugural da primeira UTI Pediátrica do Vale do Rio Pardo.
Da mesma forma que marcou o início da história do HSC há 116 anos, a UTI Pediátrica foi construída por meio de contribuições da comunidade e do poder público local. Todos estavam motivados pelo anseio por uma estrutura completa de terapia intensiva que atendesse às crianças de Santa Cruz do Sul e região, evitando deslocamentos a Porto Alegre ou a outros centros do Estado. Na época, Prefeitura, comunidade e entidades como Rotary e Lions uniram forças para concretizar esse projeto.
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Com o passar do tempo, a unidade passou a ser chamada de UTI Neopediátrica, já que atendia de forma mista pacientes neonatais, de 0 a 28 dias, e pediátricos, de 29 dias a 11 anos e 11 meses, críticos ou semicríticos, os quais necessitam de cuidados complexos. No entanto, o Ministério da Saúde publicou em 2010 uma portaria que impedia o funcionamento de UTIs mistas, de acordo com a Resolução Nº 7, de 24 de fevereiro de 2010.
Iniciou-se, assim, mais um capítulo na história da UTI Neo-pediátrica do HSC. E como há 27 anos, a participação de entes públicos e da sociedade civil organizada foi fundamental para as melhorias e adaptações que se tornaram necessárias. O resultado desse esforço está prestes a ser disponibilizado à população.
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Com previsão de abertura para o início de 2025, a nova UTI Pediátrica do Hospital Santa Cruz será inaugurada na próxima sexta-feira, 13, e vai ampliar a quantidade de leitos. Para sua manutenção, além dos recursos do deputado federal Marcelo Moraes (PL), que garantem o custeio por 30 meses, a prefeita de Santa Cruz, Helena Hermany, anunciou, na última segunda-feira, 2, a complementação de cerca de R$ 300 mil mensais para o funcionamento do novo espaço. Isso torna a UTI Pediátrica equilibrada sob o ponto de vista econômico.
Para o diretor-geral do hospital, Rolf Molz, os repasses das emendas parlamentares de Marcelo Moraes e da deputada estadual Kelly Moraes foram de extrema importância para a consolidação da obra de ampliação, assim como os recursos do governo do Estado e do Município. “Em virtude dos valores majorados por conta da inflação, precisamos equilibrar os custos para alcançar o ponto de equilíbrio, garantindo a plena atividade em longo prazo”, explica.
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A administração do hospital também fez investimentos próprios na UTI Neonatal e para leitos privados e convênios. “Quero registrar meu reconhecimento ao trabalho dos profissionais do Hospital Santa Cruz e agradecer aos deputados e poder público pelo esforço em garantir os repasses e recursos à instituição, o que acaba beneficiando a área da saúde em geral do município”, salientou o reitor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e presidente da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc), Rafael Henn. “A ampliação das estruturas da UTI Neonatal e da UTI Pediátrica reafirma o compromisso da Apesc em oferecer saúde de qualidade à população”, complementou Henn.
Para atender à resolução do Ministério da Saúde, o Hospital Santa Cruz elaborou o projeto de adequação da estrutura para que a UTI Neonatal e a UTI Pediátrica funcionassem em ambientes separados e com equipes distintas. A partir daí, começaram as tratativas entre a direção da casa de saúde e gestores públicos para viabilizar as obras.
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O primeiro passo para a reformulação dos espaços foi estruturar a UTI Neonatal onde até então funcionava a UTI Neopediátrica, passando de oito para dez leitos – oito para o Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria dos pacientes internados na unidade neonatal (84%) é de recém-nascidos prematuros, que precisam de cuidados complexos.
Para viabilizar a construção do ambiente que receberia a nova UTI Pediátrica, a comunidade mais uma vez se mobilizou. Nesse sentido, parlamentares e poder público foram fundamentais para que o projeto da UTI Pediátrica se concretizasse.
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Conforme a deputada estadual Kelly Moraes, a saúde pública sempre mereceu atenção especial dela e do deputado federal Marcelo Moraes. “Tudo o que pudermos fazer pela saúde nós iremos fazer, é nossa prioridade”, garantiu. “A liberação desses recursos é fruto de articulações dos nossos mandatos, e quem ganha é a comunidade”, ressaltou. Foram mais de R$ 9,2 milhões em emendas de Marcelo e cerca de R$ 830 mil de Kelly Moraes, utilizadas na execução da obra, na aquisição de equipamentos e no custeio.
Para Marcelo Moraes, as UTIs Neonatal e Pediátrica do Hospital Santa Cruz estão entre os maiores orgulhos da família Moraes em mais de 40 anos de mandato. “É uma satisfação muito grande novamente destinar recursos para essa UTI, tendo em vista o papel que sempre tivemos desde a criação e a idealização desta estrutura”, disse. “Temos sistematicamente destinado recursos tanto para custeio quanto para modernização dessa unidade. Somente nos últimos dois anos foram cerca de R$ 2 milhões para custeio”, acrescentou o deputado.
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A titular da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Mariluci Reis, falou dos avanços que a modernização e os investimentos dos últimos anos proporcionaram à saúde na região. “Se antes a solicitação de leitos era feita por telefone, hoje há um sistema interligado que facilita, agiliza esse processo”, ressaltou. “Da mesma forma, investimentos em equipamentos são fundamentais para prestar um atendimento de qualidade à população.”
Outras doações da sociedade civil também foram fundamentais para a concretização da UTI Pediátrica. O Rotary Club Santa Cruz do Sul doou R$ 185.602,23 para a aquisição de equipamentos, enquanto o Rotary Tipuanas e Miller Supermercados repassaram R$ 9.585,00 para as reformas. O evento Cuca do Bem, em parceria com padarias do município, rendeu R$ 24.532,00 para as obras.
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Em março de 2022, o governo do Estado confirmou o repasse de R$ 2,9 milhões para a reforma e ampliação das unidades de terapia intensiva (UTIs) neonatal e pediátrica do HSC, bem como a aquisição de equipamentos para a nova UTI Pediátrica. O anúncio foi feito em Porto Alegre pelo governador Eduardo Leite e pela secretária de saúde do Estado, Arita Bergmann. O recurso fez parte da etapa três do programa Avançar RS, do governo estadual, e foi destinado para a reforma e adequação dos ambientes e aquisição de materiais e equipamentos.
No mesmo ano, o deputado federal Marcelo Moraes (PL) destinou emenda parlamentar de custeio no valor de R$ 7,17 milhões, utilizado no projeto da UTI pediátrica. A deputada estadual Kelly Moraes (PL) também destinou recursos para a compra de cinco equipamentos para as UTIs Neonatal e Pediátrica, no valor de R$ 523.695,95. Foram adquiridos, na época, dois ventiladores pulmonares, um aparelho de raio X e dois bilirrubinômetros.
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Em 2023, as obras da nova UTI Pediátrica receberam mais um aporte de R$ 1,5 milhão destinado por Marcelo Moraes. No final do mesmo ano, Kelly Moraes anunciou novo repasse de emenda parlamentar de custeio no valor de R$ 300 mil, utilizado neste ano para o complemento das obras da UTI Pediátrica.
A nova UTI Pediátrica do HSC, que atende crianças de 29 dias a 12 anos, passou de dois para cinco leitos, quatro deles pelo SUS. Na UTI Neonatal, que atende recém-nascidos até 28 dias, os leitos passaram de oito para dez (oito para o SUS). As unidades possuem plantões médicos 24 horas e equipes com enfermeiros especialistas, técnicos de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, farmacêuticos, fonoaudióloga e nutricionistas.
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Junto à estrutura fica a Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), com dez leitos especializados para recém-nascidos que, devido ao quadro clínico, não estão em condições de ir para casa. O hospital também possui o Alojamento Materno para mães que já receberam alta da maternidade e precisam acompanhar o filho recém-nascido na UTI ou UCI, promovendo contato ininterrupto. O HSC fornece alimentação às mães de crianças internadas pelo SUS na Pediatria, na UTI e no Alojamento Materno.
No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual de Saúde realiza a regulação do acesso aos leitos de UTI Neonatal, Pediátrico e Adulto por meio de uma central no Complexo Estadual Regulador. A central recebe a solicitação da vaga de UTI a partir do médico assistente de hospital que não tem leitos de terapia intensiva ou não dispõe de vaga no momento. A equipe da central de regulação classifica o risco, por meio de informações sobre condições clínicas, exames complementares e diagnóstico, e procura, na rede do SUS, pelo serviço que atenda às necessidades do paciente. Identificada a vaga, o leito é reservado e disponibilizado ao hospital solicitante.
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