“Sempre tem uma cena de horror para nos apresentar”. Foi assim que o vereador Ilário Keller (PP) descreveu o trânsito de Santa Cruz do Sul, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, na manhã desta terça-feira, 30. Com uma média de quase três acidentes de trânsito por dia na cidade em 2025, cenas como condutores trafegando em alta velocidade ou desrespeitando a sinalização são comuns.
Pensando em reverter esse cenário, o vereador apresentou na sessão da Câmara dessa segunda-feira, 29, um projeto de lei que autoriza a Prefeitura a instalar e operar sistemas de controle eletrônico de velocidade e fiscalização de avanço de sinal vermelho. O objetivo é aprimorar a segurança viária e a fluidez no trânsito, coibindo infrações que possam colocar em risco a vida de motoristas, pedestres e ciclistas.
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Conforme o texto do projeto, a instalação dos sistemas de controle de velocidade terá como prioridade as vias de alto fluxo de veículos. Keller cita como exemplos pontos como as avenidas Paul Harris, Euclydes Kliemann e Independência e a Rua Coronel Oscar Jost, apesar de reforçar que a decisão partirá dos técnicos do Executivo. Já a fiscalização do avanço de sinais vermelhos terá como foco os cruzamentos com maior risco de acidentes, especialmente em horários não flexibilizados pela legislação ou em áreas com comprovada necessidade de segurança pública.
À Rádio Gazeta, o vereador explicou que essas tecnologias podem funcionar como uma substituição, por exemplo, às lombadas, que dificultam o trabalho de ambulâncias e viaturas dos bombeiros, por exemplo. “A gente não está aqui querendo botar controle eletrônico para multar – ou, como alguns dizem, a ‘fábrica de multas’. Pelo contrário, nosso projeto prevê a instalação de controle eletrônico para evitar o quebra-molas, que sempre é mais transtorno”, explica.
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Keller reforça a necessidade de disciplinar os motoristas da cidade para que obedeçam às normas do trânsito. “Em Santa Cruz, o pessoal pensa que não precisa ligar o pisca; dobra, não vem ninguém, passa no vermelho. Então é uma questão cultural e de disciplina. Eu acho que a regra está aí para todo mundo – se todo mundo seguir, nós vamos ter menos acidentes e menos mortes”, pontua.
O projeto reforça que a operação dos sistemas deverá observar rigorosamente as disposições do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), incluindo a necessidade de sinalização de onde haverá o sistema de fiscalização. Caso aprovada na Câmara e sancionada pelo Executivo, a lei entrará em vigor em 180 dias após a data de publicação, com a possibilidade de ser regulamentada.
Colaboraram Carina Weber e Marcio Souza
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