ads1 ads2
GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

VÍDEO: com 45 milímetros de chuva nessa quarta, Santa Cruz tem alagamentos

ads3

Apenas veículos maiores passam sem problemas na estrada de Linha Nova, no interior de Santa Cruz, que ontem estava alagada

ads4

O mês de setembro está sendo de muita chuva. Somente nessa quarta-feira, 8, de acordo com a Estação Meteorológica da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), foram 44,8 milímetros, somando 139,5 milímetros desde o dia 1º. A média do mês é 166 milímetros de chuva.

Toda essa água acaba resultando em contratempos nas áreas de moradia e em algumas propriedades destinadas ao agronegócio, demandando reparos na infraestrutura do interior e da cidade. Foi o que ocorreu na rótula da Independência, aos fundos do Parque da Oktoberfest.

ads6 Advertising

Publicidade

LEIA MAIS: Chuva intensa provoca alagamentos e deixa municípios da região em alerta

Três caminhões desentupidores foram acionados para jatear o bueiro, por dentro, para tentar desobstrui-lo. “Precisamos elaborar um projeto maior, que acabe com esse tipo de situação, mas para isso é preciso mais tempo e recursos”, acrescenta. Esse não é o único problema percebido. O excesso de chuva causou transtornos em São José da Reserva, Reserva dos Kroth, Linha Nova, Linha Chaves, Seival, Boa Vista, Cerro Alegre Baixo e Rincão dos Couto, segundo Hermany.

Apesar do número de registros, a situação é melhor, acredita o secretário, do que em outros momentos. “Em fevereiro tivemos 1.648 pontos com necessidade de intervenção. Já agimos em muitos, mas ainda faltam 1,2 mil para atender. Há um cálculo que aponta até 2 mil locais para intervenções, entre pequenas e grandes obras”, contabiliza.

LEIA MAIS: Chuva retorna à região nesta semana; há possibilidade de temporais

Vice-prefeito Elstor e secretário Hermany acompanharam a limpeza de bueiros | Fotos: Alencar da Rosa

Giro pelos bairros

ads7 Advertising

Publicidade

Acompanhando a chuva, ela chegou a cogitar um volume maior. “Pensamos que iria além, como das outras vezes, quando um caminhão precisa passar para transportar as pessoas e as crianças para as escolas. A gente cansa de esperar uma solução”, enfatiza.

LEIA MAIS: ‘Estamos por concluir o projeto de uma nova tubulação’, diz secretário sobre rótula do 2001

Os transtornos causados em Santa Cruz do Sul também fazem parte da vida de vera-cruzenses. Vizinha do Rio Pardinho há 25 anos, a dona de casa Evani Terezinha de Oliveira Ramos viu sua morada ficar, praticamente, ilhada. O acesso é possível somente devido a um aterro entre a ERS-409 e a porta de sua residência. “Depois que fizeram as obras no Lago Dourado ficou ainda pior”, aponta.

Em Vera Cruz, Evani vê a água do Rio Pardinho entrar no pátio rapidamente | Fotos: Alencar da Rosa
ads8 Advertising

Publicidade

Na estrada de acesso a Linha Nova (Pinheiral), a situação é semelhante. Os arroios Schmidt e Pequeno não dão conta da vazão e propriedades são inundadas, transformando a estrada em uma espécie de rio em questão de três horas. “É cerca de um quilômetro de estrada com inundação. Muitos carros acabam danificados na tentativa de passar. O maior problema, no entanto, é as pessoas terem que passar caminhando no meio dessa água, porque não têm o que fazer”, enfatiza a pecuarista Mara Müller.

LEIA TAMBÉM: Inverno será menos chuvoso e mais gelado que a média

O assunto é recorrente para quem mora na localidade. Romeu Silvio Wittker tem comércio há 30 anos no lugar. “Desde sempre tem esse mesmo problema. Antes demorava mais para encher; agora, em três horas, já vem. Mas dessa vez foi pouco”, aponta.

Apesar das dificuldades, tanto de locomoção quanto de infraestrutura, percebidas em diferentes partes da cidade, não houve a necessidade de remoção de famílias. De acordo com o coordenador da Defesa Civil municipal, Anderson Matos Teixeira, o monitoramento do nível do rio está sendo feito. “Estamos acompanhando, mas está tudo tranquilo por enquanto”, afirma.

Publicidade

No Bairro Várzea, com a rua tomada pela água, a solução foi empurrar a bicicleta | Fotos: Alencar da Rosa

Meio rural

Se nas áreas urbanas só foram apontados problemas, no meio rural a situação é um pouco diferente, ao menos, na região. “A chuva foi forte, mas é até bom para os cultivos de verão (milho e, em seguida, arroz e soja), porque os reservatórios de quem trabalha com irrigação estavam muito baixos, ainda não haviam se recuperado”, explica o engenheiro agrônomo e chefe do escritório local da Emater/RS-Ascar, Assilo Martins Corrêa Júnior.

A atenção está voltada para a projeção do fenômeno La Niña, que provoca estiagem. “Ano passado havia essa expectativa, mas não foi com tanta intensidade. Então, não sabemos como pode se portar, ainda.”

Os produtores de tabaco também não chegaram a registrar maiores prejuízos. Encerrando a plantação na parte baixa da região, alguns podem ter sofrido com a perda de um pouco de adubo. “A chuva em excesso lava o adubo, mas além disso não houve grandes danos”, explica o produtor Giovane Weber.

Publicidade

LEIA MAIS: Em poucas horas, Santa Cruz registra 30% da chuva esperada para todo o mês

Weber tem informação, entretanto, de que em outras áreas do Estado, como Chuvisca, na Região Centro-Sul, houve estragos no tabaco. Na propriedade de Marcio Huhnfleisch Niewinski a água causou erosão e formou uma profunda valeta, que repartiu a lavoura (veja o vídeo abaixo).

LEIA TAMBÉM: Santa Cruz tem o dia mais chuvoso de agosto em 107 anos

ads9 Advertising

© 2021 Gazeta