Foto: Redes sociais
O Rio Grande do Sul viveu mais uma semana de fortes emoções, permeadas de angústia, tensão e medo. O cenário climático que antecedeu em algumas horas a chegada do inverno confrontou os gaúchos com suas piores lembranças recentes, as associadas à enchente de abril e maio de 2024.
Mais uma vez tornaram-se reais as cenas de desocupação de residências e de áreas, bem como os alagamentos de áreas baixas, além da (como tem se tornado muito mais frequente do que uma sociedade poderia suportar) interrupção de vias, em diferentes pontos da região.
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É um cenário nada tranquilizador para um começo de uma estação historicamente marcada por chuvaradas. A bem da verdade, o que mais se salienta um ano após a maior catástrofe climática do Estado é a completa e absoluta falta de medidas efetivas de enfrentamento. Não só nada foi feito para evitar os dramas de 2024 como a única coisa que permanece presente, em termos de cotidiano, é o que já se pode nomear de novo normal climático.
Nesse ambiente, a Gazeta vivenciou situação igualmente incomum em seus mais de 80 anos. Por planejamento prévio, um vez que havia no calendário o feriado de Corpus Christi, na quinta-feira, a opção foi por elaborar edição conjunta de quarta e quinta da Gazeta do Sul. Assim foi feito, com a nota a leitores e anunciantes na capa da edição de terça, e as seções e colunas das duas datas foram reunidas em uma só Gazeta.
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O problema é que a chuva se intensificou de tal forma ao longo da noite de terça que levou a imediata e incontornável alteração no previsto. Profissionais da Rádio Gazeta e do Portal Gaz atravessaram a madrugada em atividade, atualizando o público sobre o cenário crítico, com a retirada de famílias de áreas alagadas e os riscos nas vias de acesso na região.
O resultado é que já na primeira hora da manhã de quarta-feira, 18, havíamos decidido elaborar, sim, edição da Gazeta do Sul para circular na quinta, a fim de, por essa tradicional e tão eficiente plataforma, dimensionar o cenário para a comunidade. Afinal, comunicação é serviço de utilidade pública. O leitor pode avaliar o esforço realizado para remobilizar a equipe de profissionais envolvidos na produção cotidiana de um jornal que até a véspera nem estava programado.
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Colunistas precisaram ser orientados, pautas estabelecidas, equipes destacadas a cobrir as editorias. Com a presteza de sempre, o conteúdo foi produzido, e na quinta-feira, 19, a Gazeta do Sul chegou a lares, empresas e leitores em geral.
Para muitos, talvez, foi uma surpresa, por nem aguardarem o jornal naquela data, como havia sido informado anteriormente. Mas o cenário era extraordinário, e exigia igualmente tomada de decisão extraordinária. Que colocaremos em prática sempre que as circunstâncias assim o exigirem. E fica a torcida para que as próximas sejam não por ameaça climática ou de qualquer ordem,
e sim por conquistas, que a comunidade faz por merecer.
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