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direto da redação

Ah, se não fosse o tabaco…

Produtores reclamam de alteração na forma de negociação do tabaco por parte das empresas

Os recentes casos de gripe aviária, identificados em granjas no Vale do Caí, e que levaram à suspensão das exportações para vários mercados, evidenciam, uma vez mais, a complexidade do comércio global nos dias atuais. Por mais avançado e qualificado que um setor seja, em níveis de exigência crescentes a cada ano, está sujeito a contratempos de toda ordem, que, da noite para o dia, emperram operações e ameaçam a sustentabilidade. Ao mesmo tempo em que a reação precisa ser imediata, seguem-se longos períodos de negociação, para a retomada até mesmo junto a tradicionais clientelas.

O Brasil é grande player mundial no agro, estando na liderança ou nas primeiras posições em vários segmentos de fornecimento de alimentos e matérias-primas, com destaque para soja, milho, café, algodão, açúcar, frutas, proteína animal, e combustíveis e energia de fontes renováveis. Nessa lista cumpre acrescentar o tabaco, principal produto da indústria em Santa Cruz do Sul e do entorno, base da economia regional, e que, por sinal, é um dos pilares da balança comercial gaúcha e também brasileira.

À medida que as empresas nacionais e seus produtos avançam no mercado internacional, aumentam na mesma proporção as peculiaridades do atendimento a interesses do importador, com as mínimas preferências de seus consumidores. Essa rede de negócios e relacionamentos é muito sensível, e qualquer mínimo fator, como o da gripe aviária em plantéis comerciais, compromete empreendimentos, cidades, regiões, estados e até as finanças do país como um todo.

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Nesse sentido, vale destacar a eficiência, o comprometimento e a competência que o setor produtivo do tabaco tem tido, ao longo dos anos, para, já por mais de três décadas, deter a posição de líder absoluto das exportações em realidade global. Em um mercado tão dinâmico, concorrido e competitivo, essa proeminência de um setor que tem sua grande base em Santa Cruz merece ser salientada, e deveria ser usada como modelo.

Não por acaso, mesmo nos períodos mais complicados para a regularidade do comércio no Rio Grande do Sul, como a pandemia e até a enchente do ano passado, os embarques de tabaco mantiveram sua regularidade, e com tendência até a incrementos em valor. Na reta final de abril, a Gazeta do Sul divulgou, na edição do dia 29, que as exportações dessas folhas devem ultrapassar a marca de US$ 3 bilhões em 2025.

Em um cenário no qual outros segmentos, mesmo do agro (sujeitos a interferências climáticas nas safras de grãos, a exemplo da soja, ou a questões de sanidade, como agora, na avicultura), para um Estado, dispor de produto com tamanha liquidez e procura global, como é o caso do tabaco para o Rio Grande do Sul, deve ser motivo de celebração. E de apoio e de respaldo em todas as frentes e todos os momentos. Boa leitura e bom fíndi!

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