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Aumenta procura por viagens em Santa Cruz e setor projeta retomada

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Na volta das viagens, clientes podem contar com valores atrativos, o que aumenta a expectativa de bons negócios nas agências | Foto: Pixabay

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Um dos setores duramente afetados pela pandemia de Covid-19, o turismo projeta o retorno nos próximos meses. Para as agências de viagens de Santa Cruz do Sul, os últimos sete meses de distanciamento social foram de perdas e dificuldades, mas os empresários se mostram otimistas na retomada.

Para a agente de viagens e proprietária da Megah Viagens, Danuza Schilling Marques, o período foi de desafios e ajustes. “A pandemia se estendeu mais do que todos previam. Sim, houve prejuízos, porém já trabalhávamos com uma boa gestão financeira para evitar um possível fechamento”, conta. Com a receita menor, a empresa reduziu o número de colaboradores e renegociou aluguel e outros compromissos mensais.

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OUÇA: PODCAST: o futuro do turismo pós-pandemia

Os últimos meses também foram desafiadores para a equipe da Matte Viagens. Conforme a consultora de viagens Andréa Matte, uma das dificuldades foi lidar com as companhias aéreas e fornecedores para amenizar as multas, já que muitos clientes optaram por adiar a data de embarque, para não cancelar as viagens. “Houve poucos cancelamentos em nossa agência. Com a grande demanda para reajustar e remarcar as viagens não foi necessário realizar nenhuma demissão na Matte Viagens.”

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Para a consultora de viagens, é difícil conscientizar as pessoas de que já é possível viajar com segurança. Ela destaca as vantagens oferecidas pelas companhias aéreas, que permitem flexibilizar novas passagens compradas, com alteração de data sem custo. “Os viajantes podem contar com a experiência dos agentes de viagens para auxiliar na escolha do destino que melhor se encaixe com as expectativas deles”, explica.

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As vendedoras da CVC destacam que os valores estão bem atrativos, o que deve incentivar o retorno das viagens. Os destinos mais procurados são Maceió, Porto de Galinhas e Cancún. Uma das complicações enfrentadas pelos viajantes é o bloqueio de fronteiras realizado por alguns países, como os Estados Unidos, o que impede a venda de viagens para a Disney em Orlando, por exemplo.

Além da incerteza, as empresas enfrentaram as dificuldades financeiras da pandemia, de acordo com a proprietária da Única Viagens, Marilice Andréa Hirsch Job. “Entre março e maio zeramos nossas vendas e apenas tratamos de cancelamentos e remarcações. De meados de junho para cá percebemos uma retomada gradativa, mas muito lenta. Em junho, julho e agosto alcançamos algo em torno de 30% do faturamento do mesmo período do ano passado. Em setembro já melhorou, chegamos a 50%. E o mercado está mais aquecido”, comemora.

Para a empresária, uma das vantagens está nos destinos internacionais, que mesmo com o câmbio alto ainda valem a pena. “Destinos como Maldivas, que são considerados de luxo, e grandes redes hoteleiras como Hard Rock estão com tarifas muito abaixo das praticadas antes da pandemia.” Ela acredita que até o fim do ano outros países devem reabrir as fronteiras, como o Peru, oferecendo ainda mais opções aos viajantes.

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R$ 207 bilhões

A crise provocada pela pandemia fez com que o setor de turismo perdesse 49,9 mil estabelecimentos entre março e agosto, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O saldo negativo no período equivale a 16,7% do número de empresas nestas atividades antes da pandemia. A CNC calcula que, em sete meses (de março a setembro), o turismo no Brasil perdeu R$ 207,85 bilhões. Segundo o estudo, o faturamento do setor turístico apresentou queda de 56,7% até julho, em relação à média verificada no primeiro bimestre.

Muitos sinais de retomada

Apesar das viagens marcadas para o período terem sido canceladas ou adiadas, Danuza, da Megah Viagens, já nota interesse em adquirir pacotes. “Felizmente o cenário é superotimista e está sendo adotado um protocolo de segurança extremamente rígido, que zela o máximo pela segurança do nosso passageiro.”

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Segundo a profissional, as aeronaves têm cuidados com o ar a bordo, hotéis estão com apenas 50% da lotação e pontos turísticos funcionam com agendamento, além de o seguro viagem cobrir também pacientes com suspeita de Covid-19.

Para Andréa, da Matte Viagens, o aumento na confiança dos passageiros vem sendo notado deste agosto. “Acreditamos que, isoladas em suas casas, as pessoas repensaram sobre os momentos de liberdade que tinham antes da pandemia. Juntando esse isolamento com a vontade de sair e poder abraçar o mundo, acompanhar os movimentos de implementação e cuidados de biossegurança no turismo deu a confiança que os viajantes procuravam para voltarem a se planejar.”

A preocupação do setor com a segurança dos passageiros ajuda a aumentar a busca por opções. Na Única Viagens a procura aumentou significativamente “Os clientes estão buscando pacotes nacionais e também internacionais, para embarques principalmente em 2021”, explica Marilice. Ela destaca que os pacotes brasileiros entre março e junho do ano que vem têm valores atrativos.

Na CVC Viagens Santa Cruz o clima é parecido, e apesar de retração de cerca de 90% em relação ao ano passado, os clientes já voltam a buscar viagens. “Ninguém aguenta mais ficar em casa. Os locais mais procurados são o Nordeste e, em especial, os resorts com all inclusive”, conta a vendedora Ana Paula Schoepf.

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