Agronegócio

Câmara Setorial do Arroz tem troca na presidência; veja quem assume

A 34ª Abertura da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas sediou, na manhã dessa quarta-feira, 21, a reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz. O encontro, no auditório Frederico Costa, reuniu produtores e entidades e celebrou a troca de comando da Câmara. Realizada pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), a Abertura da Colheita acontece até esta sexta-feira, 23, na Estação Experimental da Embrapa Clima Temperado em Capão do Leão.

O ex-presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, assumiu a presidência da Câmara Setorial. Ele ressaltou que está satisfeito por voltar a representar a Federarroz, agora em um ambiente diverso.

LEIA TAMBÉM: Semeadura tardia atrasa a colheita do arroz no Vale do Rio Pardo

Publicidade

“Imagino que hoje o setor está praticamente pacificado pelo equilíbrio entre oferta e demanda. O protagonista disso é o produtor rural, que soube dosar”, afirmou Dornelles. Já Daire Coutinho, que deixa a presidência da Câmara, agradeceu o apoio que recebeu durante sua gestão e ressaltou a capacidade de negociação de seu sucessor.

Durante a reunião, o analista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Sérgio dos Santos Júnior apresentou dados conjunturais sobre a produção nacional de grãos e sobre o arroz. Segundo ele, o Brasil produz atualmente 300 milhões de toneladas de grãos. Desse total, 10 milhões de toneladas são de arroz. O grão ocupa a terceira posição entre os mais produzidos no País.

LEIA TAMBÉM: Editora Gazeta lança Anuário do Arroz 2023; confira na íntegra

Publicidade

Santos também mostrou que houve recuperação de área cultivada. O destaque foi o Rio Grande do Sul, com 7% em relação à safra anterior. Sobre produtividade, o analista afirmou que no Estado, onde algumas regiões foram afetadas pelo excesso hídrico, a média com a qual trabalha a Conab é de 8,3 toneladas por hectare.

Após a apresentação da Conab e manifestações de alguns presentes, o presidente da Câmara avaliou o cenário da cultura e se disse inquieto com relação aos custos futuros de produção. “Não dos insumos em si, mas dos aumentos e possíveis variações em relação à tributação do produto. Nós teremos um desafio em talvez propor algumas interferências com o objetivo de garantir um alimento com preços adequados à população”, avaliou Dornelles.

LEIA TAMBÉM: Excesso de chuva fez produtores temerem perdas nas lavouras de arroz

Publicidade

Dados do plantio

O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) apresentou, em coletiva de imprensa nessa quarta, os dados finais do plantio da safra 2023/2024 durante a 34ª Abertura da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas. O Rio Grande do Sul totalizou 900.203 hectares de área semeada nesta safra, registrando aumento de 7,17% em relação aos 839.972 hectares do período anterior.

Na regional da Fronteira Oeste foram semeados 263.903 hectares; na Zona Sul, 154.318 hectares; na Campanha, 130.95 hectares; na Planície Costeira Interna, 132.919; na Central, 118.107 e na Planície Costeira Externa, 100.003 hectares. As cultivares Irga são as mais utilizadas pelos produtores gaúchos, representando 65,21% do total.

As mais usadas da autarquia foram a IRGA 424 RI, com 56,08%, e IRGA 431 CL, com 8,58%. Quanto à área de soja em terras baixas, foram 422.210 hectares nesta safra, uma redução de 16,55% em relação à safra passada (505.965 hectares).

Publicidade

LEIA MAIS SOBRE AGRONEGÓCIO

Guilherme Andriolo

Nascido em 2005 em Santa Cruz do Sul, ingressou como estagiário no Portal Gaz logo no primeiro semestre de faculdade e desde então auxilia na produção de conteúdos multimídia.

Share
Published by
Guilherme Andriolo

This website uses cookies.