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Graça, do nome ao canto

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Hoje aposentada das salas de aula, a pedagoga Maria da Graça Lazzari Bernardy, 61 anos, tem atreladas a sua história duas paixões: a música e a educação. Ao conversar com a professora percebemos que estas ganharam impulso desde pequena e se seguiram com sua formação. Foram diversos cursos na área da música e regência de coral. “Desde sempre dei muito valor para esta área musical”, destaca.

O gosto surgiu na infância. “Morava com meus avós paternos, pais, tios e em casa todas as noites nos reuníamos e cantávamos. Meus tios todos tocavam instrumentos. Meu pai tocava gaita de boca e minha mãe foi grande influência porque sempre gostou muito de cantar”, recorda-se com carinho.

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Antes de tornar-se pedagoga, na década de 1970, formou uma dupla com a prima Raquel Lazzari. “Nos chamávamos ‘Primas Lazzari’ e tocávamos muito nos festivais da escola. Cantávamos músicas da época, da nossa vivência. Foi muito incentivo também da escola. A Escola Copetti, onde eu estudava, seguido me chamava para apresentar. Participei de coral enquanto aluna, fazia alguns solos”, lembra.

As ‘Primas Lazzari’
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De forma particular, Maria da Graça deu aulas de violão para muitas crianças, jovens e adultos, tendo feito curso na Escola Musisinos, em Novo Hamburgo, para qualificar a didática nesta área. Foi logo após este período que os corais floresceram na vida da professora. “Como já na Escola Copetti na época eu tinha um coral de professores e alunos, daí surgiu o interesse de um grupo de idosas para que eu ensaiasse um grupo italiano, um resgate da música e cultura italiana, da qual são minhas raízes também. Fui pioneira na região em quebrar este paradigma de que idoso não canta, que tem que ficar em casa esperando adoecer e ficar sem afazeres. Foi um trabalho muito legal, em que fui muito valorizada perante outros profissionais também, por ter a coragem e essa paciência e valorização ao idoso. A música, além de trabalhar a autoestima, ajuda a não envelhecer o cérebro. Foi aí que comecei a trabalhar com o Cantare è Vivere, que era voltado a pessoas acima de 70 anos. Depois que integrantes mais jovens ingressaram”, detalha.

Na regência dos corais já atuou em diversos municípios do Centro Serra
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A professora revela ainda que para tocar e cantar uma música faz uso de horas de estudo, aperfeiçoando-se para se chegar ao resultado do trabalho através de muita dedicação e amor. Tal comprometimento lhe rendeu reconhecimentos especiais, como troféus em nível regional e estadual.

Companheiro inseparável, o violão está estampado no quadro com algumas das principais marcas da trajetória de Maria da Graça na música. Entre elas está a gravação do primeiro CD do Grupo Cantare è Vivere, com músicas do folclore italiano, e um CD solo com repertório italiano de canções românticas, gravado com o professor Mateus Costamilan.

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Quadro guarda recordações da trajetória da musicista e os CDs solo e com o Grupo Cantare è Vivere

Durante 25 anos, junto com as professoras Arlinda Wietzke e Maria Cristina Marques cantou em muitos eventos. “O grupo se chamava ‘Elas’, pois diziam ‘chama elas’. Foram muito importantes também em minha formação. Um trabalho que vai ficar na minha memória e de muitas pessoas também”, destaca.

Com o grupo Elas participou, nas mais de duas décadas, de diversos casamentos, celebrações e eventos

Atualmente, Maria da Graça dedica boa parte do tempo às músicas religiosas, sendo uma participante voluntária nas missas. “Tenho muito gosto de realizar este trabalho que é ajudar nas celebrações. E é um lugar que me sinto muito bem de cantar. Vejo que tem uma troca com as pessoas. Isso é muito gratificante”, pontua.

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No momento, aposentada da pedagogia, mas não da música, Maria da Graça está mais voltada a apreciar os momentos em família. Segue na regência do coral Cantare è Vivere, que teve atividades paralisadas na pandemia e não vê a hora do reencontro de vozes. “Eu não vivo sem a música. Faz parte da minha vida. Os meses em que fiquei sem praticar e vivenciá-la, senti na mente, adoeci, também por estar longe dessa interação com os grupos. Acho que vai me acompanhar até onde eu puder. Hoje penso de deixar este legado para minhas netas, meus filhos, deste amor e dedicação”, enfatiza a musicista.

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