Uma questão que se arrasta desde 2022 é a modernização do estacionamento rotativo pago Rapidinho, de Santa Cruz do Sul. O edital para concessão do sistema à iniciativa privada foi publicado naquele ano. No entanto, foi suspenso antes do recebimento das propostas, devido à exigência legal de submissão ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Para avançar, em 2023, a Prefeitura de Santa Cruz aguardava a entrega de novos estudos de viabilidade econômico-financeira para seguir com a intenção de licitar o Rapidinho. A situação, até o momento, não teve avanços significativos. Agora, em 2025, um novo estudo em andamento pode dar novo rumo ao serviço.
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O secretário municipal de Planejamento e Mobilidade Urbana, Vanir Ramos de Azevedo, destaca que a Administração tem acompanhado de perto o caso e que há um estudo em andamento. Atualmente, o Conselho Municipal Pró-Segurança Pública de Santa Cruz (Consepro) está autorizado a manter a operação do Rapidinho nas 45 quadras da Faixa Azul.
“O estudo sobre o Rapidinho está bem avançado. Esse trabalho começou na gestão anterior, mas já foi discutido com a empresa responsável. A ideia é entender qual seria a melhor modelagem, caso seja necessária uma nova licitação do sistema. O modelo proposto é mais moderno e envolve o uso intensivo de tecnologia”, afirmou Azevedo.
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Durante a transição de governo da ex-prefeita Helena Hermany (PP), foi solicitado que o prazo de execução do estudo fosse suspenso, para que o novo governo, liderado pelo prefeito Sérgio Moraes (PL), pudesse analisá-lo internamente após assumir a gestão. “Atualmente, a equipe está recebendo o estudo preliminar da empresa, e uma reunião com o prefeito deve ocorrer nos próximos dias para definir qual caminho será seguido”, acrescentou o secretário.
A Administração pode optar por uma reestruturação do modelo atual ou lançar uma nova licitação. Caso opte pela licitação, o processo deverá acontecer em um prazo de 15 a 30 dias após o recebimento e análise interna. “A visão atual é de que o sistema precisa ser modernizado. O modelo atual depende muito da atuação humana – como a colocação manual da cartela e a presença de fiscais – e isso torna a fiscalização falha, considerando a alta demanda em outras áreas da cidade”, ressalta Azevedo.
Segundo o secretário Vanir Ramos de Azevedo, com as tecnologias disponíveis atualmente, é possível implementar sistemas que detectem automaticamente a presença de veículos nas vagas. “Por exemplo, sensores ou chips podem identificar o estacionamento e, caso a cartela não seja inserida em até 10 minutos, um veículo equipado com câmeras pode passar, registrar a placa e encaminhar os dados para a autoridade de trânsito, que então gera a multa – tudo sem a necessidade de um fiscal presente.”
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A modernização do Rapidinho é o caminho que a Prefeitura busca. Sobre a possibilidade de parquímetros, já usados em cidades como Venâncio Aires e na Serra Gaúcha, os equipamentos são uma alternativa, mas a gestão prioriza um sistema mais dinâmico, como o uso de aplicativos.
“Há aplicativos que permitem inserir a cartela digitalmente ou que iniciam o pagamento automaticamente ao detectar que o veículo foi estacionado”, explica Azevedo, acrescentando que serão mantidas alternativas acessíveis para quem não utiliza tecnologia.
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