Na produção e no transporte, a escolha pelo tabaco

Há quase duas décadas, o produtor Vanderlei Armindo Laufer, de 53 anos, morador de Linha Arroio do Tigre, no distrito de Monte Alverne, em Santa Cruz do Sul, concilia o trabalho na lavoura de tabaco com o de transportador. A renda obtida através da cultura, no caso dele, é dupla: primeiro pelo cultivo, depois pelo transporte da produção para a indústria de beneficiamento. No que se refere à dedicação, idem.

Tanto no preparo da terra e das plantas – desde a fase da semeadura das mudas até a colheita e secagem das folhas –, quanto no preparo das cargas que são transportadas a indústrias de Santa Cruz e Venâncio Aires, o comprometimento é o mesmo. Na lavoura e no volante, Laufer se diz orgulhoso do trabalho que realiza. Com ele, a esposa Sidônia, de 50, e o filho caçula, Djonatan, de 19, dividem os afazeres na propriedade e, sobretudo, o interesse pela cultura do tabaco.

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O casal plantou 60 mil pés para a safra 2024/25 – 10 mil a mais do que para a anterior – e tem a estimativa de colher em torno de 17 fornadas. Contando com a ajuda de Djonatan, Vanderlei e Sidônia já colheram três estufas do fumo baixeiro. Eles mantêm a expectativa inicial de uma boa produção, como a que motivou o aumento da área plantada para o atual período. Laufer conta que possui duas estufas convencionais para a secagem das folhas e quatro caminhões para transportar o fumo das propriedades até a indústria.

Produtor e transportador da CTA-Continental, de Venâncio Aires, ele faz o transporte de fumo seco e dos insumos que a empresa fornece aos seus produtores. O trabalho que desenvolve tem garantido não só o sustento da propriedade e da família, mas também tem despertado a atenção do filho, que manifesta a vontade de “seguir seus passos”. “Ele tem ajudado na produção do tabaco e já quer tirar Carteira de Habilitação para caminhão; quer ser transportador e fala em seguir esse mesmo caminho”, conta Laufer, evidenciando que a sucessão, ao menos no volante, já está garantida.

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