Terra de cultura milenar e de paisagens belíssimas, o Afeganistão, na Ásia, ocupa as atenções. No dia 15 de agosto, um domingo, o Talibã, grupo islamita radical, retomou o poder afegão no vácuo criado pela saída da tropa norte-americana posicionada no país. Era apenas mais um capítulo dos traumas que a sociedade local vivencia neste século 21.
O epicentro esteve no 11 de setembro de 2001, data em vias de completar 20 anos, quando aviões atingiram as Torres Gêmeas em Nova Iorque. Em reação, os EUA invadiram o Afeganistão atrás de Osama Bin Laden, o líder do atentado, que estaria sendo acobertado pelo Talibã. Em maio de 2011, Bin Laden foi morto no interior do Paquistão, e o Talibã, no Afeganistão, subjugado pela ofensiva norte-americana. Mas, pelo visto, o Talibã soube ter resiliência, e em 2021 está de volta à cena.
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São leituras para conhecer mais e melhor essa terra que, para o bem ou para o mal, é uma das mais instigantes da história.
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O 11 de setembro
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Repórter em ação
Lourival esteve lá – O jornalista goiano Lourival Sant’Anna, repórter e analista internacional do jornal O Estado de S. Paulo, foi um dos profissionais brasileiros a viajar para a Ásia a fim de realizar a cobertura da ação norte-americana contra o Talibã, em 2001. Em Viagem ao mundo dos Taleban, da Geração Editorial, de 2002, detalha aquela experiência.
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Que terra é essa?
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Olhar feminino
O mundo do dia seguinte – Colega de Lourival Sant’Anna no jornal O Estado de S. Paulo, Adriana Carranca atua em coberturas internacionais. Ela foi verificar como estava a vida após a ocupação norte-americana. Em O Afeganistão depois do Talibã, lançado pela Civilização Brasileira em 2011, ela capta a atmosfera e a rotina no
país e conversa com a população.
Livreiro em Cabul
Um livreiro (e muito mais) – Experiente em coberturas internacionais, a norueguesa Åsne Seierstad, 51 anos, igualmente atuou como repórter na ofensiva dos EUA contra o Talibã. E ela estava em Cabul, a capital, para de lá conferir o contexto. Foi assim que O livreiro de Cabul, lançado em 2002 e editado no Brasil pela Record, tornou-se
um best-seller mundial absoluto.
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Drama bem real
Imagens do cotidiano – Outra jornalista que estava em atuação no ambiente dos conflitos é a norte-americana Harriet Logan. Ela não apenas descreve a experiência como, na condição de fotógrafa, em Mulheres de Cabul, lançado pela Geração Editorial, em 2006, permite ao leitor ter uma panorâmica da condição feminina naquela sociedade tão complexa.
Esperança de quê?
Uma vida nada fácil – Se Harriet Logan mostra a rotina de Cabul em sociedade dominada por preceitos islâmicos rigorosos, a jornalista sueca Jenny Nordberg, 49 anos, descreve, em As meninas ocultas de Cabul, de 2016, a vida de meninas que, em suas famílias, são criadas como meninos, na esperança de fazer a sociedade local acreditar que de fato são garotos.
Malala fala
Uma voz que se levanta – A hoje ativista Malala Yousafzai, 24 anos, era adolescente no vale do Swat, no Afeganistão, quando o Talibã irrompeu na região. Ela seguiu lutando por direito à educação, mas em 2012 foi atingida por um tiro na cabeça, e quase morreu. Em Eu sou Malala, de 2013, lançado pela Companhia das Letras, narra a sua história, de dramática atualidade.
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Pipas ao vento
A rotina afegã de dentro – Talvez o nome mais conhecido da literatura afegã no mundo seja o romancista Khaled Hosseini, 56 anos, nascido em Cabul. Sua obra O caçador de pipas tem uma legião de fãs, e no Brasil foi editada pela Nova Fronteira, em 2005 (hoje está na Globo Livros). Outros de seus livros foram traduzidos, como A cidade do sol e O silêncio das montanhas.
Sonho e terror
Cultura muito elevada – Se Khaled Hosseini é best-seller, com narrativa de qualidade, o afegão Atiq Rahimi, 59 anos, também cineasta premiado, tem colecionado elogios com contos e romances. No Brasil, As mil casas do sonho e do terror, de 2003, e Terra e cinzas, de 2002, lançados pela Estação Liberdade, trazem o imaginário do povo afegão.
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