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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

O sopro renovador que vem da Índia

Índia

A Índia, um país de 1,38 bilhão de habitantes situado na Ásia

Ao final de maio, a escritora indiana Geetanjali Pandey, 65 anos, foi anunciada como a vencedora do Prêmio Man Booker Prize International 2022 com seu romance Tomb of sand (ainda sem tradução para o português). É apenas a mais recente autora desse país da Ásia a conquistar um certame de alta envergadura. Antes disso, já havia granjeado leitores e admiradores mundo afora.

A Índia, nação de 1,38 bilhão de habitantes (quase sete vezes a população do Brasil), rivalizando nesse terreno palmo a palmo com a China pelo título de país mais populoso do mundo, é muito fértil em escritores dotados de plena criatividade e com obras referenciais.

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Ao lado de Geetanjali, nascida em Mainpuri e radicada na capital, Nova Délhi, dezenas de escritores,
homens e mulheres têm sua obra projetada para o mundo. E, embora ainda em menor escala em relação a outras nações, as quais têm acesso aos textos em inglês (seja por terem sido originariamente escritos nessa língua, seja por tradução, como foi o caso de Tomb of sand), os leitores brasileiros dispõem
de amplo acervo, com destaque para a ficção narrativa. E muitos dos autores já foram, anteriormente,
também agraciados com prêmios, inclusive o Man Booker Prize.

O Magazine indica quatro obras de quatro autores, dois homens e duas mulheres, entre as mais conhecidas, que constituem leituras para apresentar ao leitor a inventiva e diferenciada literatura indiana. Namastê!

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Onde a felicidade está

O gosto que a escritora Geetanjali Shree teve de vencer o Man Booker Prize International 2022 outra indiana, Arundhati Roy, experimentou já em 1997, há 25 anos. Ela foi a primeira pessoa de seu país a ganhar esse prêmio. Arundhati, hoje com 60 anos, é uma das mais importantes vozes da cultura
na Ásia. Nascida em Meghalaya e radicada em Délhi, é, além de escritora, uma ativista antiglobalização. Ganhou o Man Booker pelo seu romance O deus das pequenas coisas, no Brasil publicado já em 1998 pela Companhia das Letras. O enredo é inesquecível: em um único dia de céu azul, em dezembro de 1969, quando a personagem Sophie Mol chega a Ayemenem, as leis do amor agem de forma que sua vida nunca mais poderia ser a mesma. O ministério da felicidade absoluta é seu (maravilhoso) romance mais recente.

O DEUS DAS PEQUENAS COISAS, de Arundhati Roy. Tradução de José Rubens Siqueira. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. 331 páginas. R$ 44,90.

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Sinais de fumaça

O romancista indiano Amitav Ghosh, 65 anos, nascido em Calcutá e radicado em Nova York, pode até não ter vencido o Man Booker Prize (ainda). Mas Mar de papoulas, seu sexto romance, lançado em 2008 e no Brasil editado pela Alfaguara, esteve entre os finalistas (a shortlist) do prêmio naquele ano. Mar de papoulas é uma apresentação esplêndida à obra de Amitav, cujas narrativas costumam ser longas, sólidas, na faixa de 500 páginas. Trata-se de um épico, ambientado no contexto das guerras do Ópio. Ghosh descreve, com vividez, as dificuldades dos plantadores de papoula (a matéria-prima do ópio) na Índia. Ele descortina uma Índia muito real. Vale seguir com a leitura de Rio de fumaça, Maré voraz, O palácio do espelho, O cromossomo Calcutá… A bem da verdade, com tudo o que ele escrever.

MAR DE PAPOULAS, de Amitav Ghosh. Tradução de Cássio de Arantes Leite. São Paulo: Alfaguara, 2011.
536 páginas. R$ 82,90.

O que afasta e o que aproxima

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A DISTÂNCIA ENTRE NÓS, de Thrity Umrigar. Tradução de Alexandre D’Elia. São Paulo: Globo Livros, 2015. 348 páginas. R$ 54,90.

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Um mergulho na tradição

Está aí mais um indiano ganhador do Man Booker Prize. O escritor e jornalista Aravind Adiga, 47 anos, natural de Madras (Chennai), na região de Tamil Nadu, conquistou esse prêmio em 2008 por seu livro O tigre branco, no Brasil lançado pela Nova Fronteira, embora agora a HarperCollins tenha colocado uma nova edição nas livrarias, vinculada à série da Netflix inspirada nesse texto. Essa obra é um cartão de visitas para o estilo de Aravind, em que um protagonista descreve com minúcia e exatidão o caminho (bastante tortuoso) que teve de percorrer para subir na vida, em realidade indiana. Isso ocorre não sem traumas a expiar, como se verá. De Aravind Adiga, vale a pena ler igualmente O último homem na torre e Entre assassinatos, narrativas soberbas, e que também já foram lançadas no Brasil.

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O TIGRE BRANCO, de Aravind Adiga. Tradução de Maria Helena Rouanet. São Paulo: HarperCollins, 2021.
336 páginas. R$ 49,90.

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