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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Onde não havia luz, surgiu o Renascença

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Em uma das entradas da cidade de Santa Cruz do Sul, pela RSC-287, está o Bairro Renascença. Fica situado em uma zona privilegiada do município, ou seja, muito próximo à natureza pujante do Cinturão Verde, ao longo da rodovia e vizinho do Bairro Universitário. De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), datado de 2010, o Renascença contava com 1.877 habitantes. 

No entanto, neste período, conforme relato dos moradores, o bairro cresceu muito, principalmente em função da proximidade com a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), o que fez com que tantos prédios fossem construídos naquela região da cidade. O Renascença já foi chamado de Linha Entrada Rio Pardinho e Beco da Querosene e quase homenageou o sanatório que fica próximo, mas venceu o nome atual.

Delimitações

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Histórico

Em 2015, bolsistas do Programa Institucional de Iniciação à Docência (Pibid) da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) realizaram o documentário “Renascença: um pedacinho de Santa Cruz”. O material, produzido pelos, na época, estudantes Angélica Puntel, Bruna Lucia Laindorf, Caroline Horn e Diego dos Santos, aborda a história do município de Santa Cruz do Sul a partir desse bairro. 

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Porém, Vogt detalha que o que hoje é o Bairro Renascença não ficava dentro da colônia oficial, pois era uma propriedade particular. No início, a localidade era denominada de Linha Entrada Rio Pardinho, mas foi como Beco da Querosene que a área ficou conhecida. Isso porque era um corredor que não tinha luz elétrica e os moradores precisavam comprar querosene para utilização em lampiões. Com a chegada das faculdades integradas, atualmente Unisc, os terrenos no local passaram a ser valorizados e mais moradores se instalaram no bairro. 

Há quase 40 anos, os habitantes da região viram a necessidade de escolher um novo nome, mais apropriado. Para isso, foi realizada uma eleição com duas opções de nome: Bairro Vida Nova e Renascença. Segundo uma moradora que foi entrevistada no documentário, Vida Nova era devido ao Sanatório Vida Nova e Renascença porque no bairro existe o Arroio Lajeado, que teria “renascido”. 

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Cercado pelos morros do Cinturão Verde, o Bairro Renascença possui riquezas naturais. O Arroio Lajeado é uma das identificações do bairro: ele nasce no Distrito da Boa Vista e desemboca no Rio Pardinho. Além disso, o crescimento do bairro se refletiu também na busca por demandas públicas, como a criação da Escola Municipal Professor José Ferrugem, em 1992. O documentário na íntegra pode ser assistido no YouTube. Basta pesquisar pelo nome “Renascença: um pedacinho de Santa Cruz | PIBID Unisc”, ou acessar o link https://www.youtube.com/watch?v=dWd_Zzmt8Dw.

Patrimônio do bairro

O Marafon é quase como um patrimônio histórico do Bairro Renascença. Quem reside no local conhece muito bem o minimercado situado na Avenida Independência, em um prédio bastante antigo. Há 28 anos, quem está à frente do estabelecimento é o catarinense José Carlos Marafon, 66 anos. 

Ele relata que era gerente em um banco que abriu uma agência em Santa Cruz, porém acabou perdendo o emprego e precisava decidir o que fazer para sustentar o casal de filhos. “Tinha duas opções: vender meu carro e voltar para Santa Catarina, ou arriscar alguma coisa aqui. Vendi meu carro e comprei esse ponto”, relembra.

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O Marafon é quase como um patrimônio histórico do Bairro Renascença. | Fotos: Rafaelly Machado

Marafon frisa que o bairro já estava crescendo quando ele se instalou no local, mas quando a Unisc efetivamente foi para o Bairro Universitário, vizinho do Renascença, acabou fazendo o crescimento acontecer de forma mais rápida. “Asfaltaram, à direita aqui era tudo mato e hoje é tudo residência.” Para o comerciante, o Renascença é um bom lugar para morar e para ter negócio, com moradores fixos e onde todos se conhecem. Além disso, Marafon comenta que o estabelecimento possui uma clientela fiel e tradicional.

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Nascido no local

Lotário Schwengber, 69 anos, nasceu no Renascença, ou seja, quando o bairro ainda não tinha este nome. “Era Beco da Querosene. Não tinha luz, era uma escuridão, mato em volta. Era uma ruazinha estreita. O pessoal usava a querosene, por isso se chamava assim. É muito bom morar aqui. Quando eu era piá, tinha uns 5 anos, fomos morar no Schulz por um tempo, mas logo voltamos.” 

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Nas últimas décadas, o morador viu um grande crescimento, principalmente após a instalação da Unisc. Embora considere que seja um bom bairro, ele entende que faltam alguns investimentos, como um posto de saúde, uma escola de educação infantil e uma área de lazer, a exemplo de um campinho de futebol.

Acostumado a andar de bicicleta todos os dias, forma que encontra para praticar uma atividade física, Schwengber aguarda a construção de uma ciclovia na Avenida Independência. “Todos os dias dou minhas voltas. Ano passado não andei muito por causa da pandemia. É para sair a ciclovia, estou esperando”, destaca.

Lotário Schwengber, de 69 anos, nasceu no Renascença.

Terra Nostra

Já são 12 anos instalados no prédio na Avenida Independência, número 2.813, no Renascença. Fundado pelo casal Loreni e Gerônimo Durante, o Mercado e Fruteira Terra Nostra foi um dos primeiros estabelecimentos comerciais a se fixar no Renascença. Logo, o mercado foi conquistando uma clientela fiel. “Temos clientes da vizinhança há anos”, diz a gerente Roberta Moura. 

O Terra Nostra manteve a tradicional clientela, mas também ganhou novos frequentadores, devido à rápida expansão do Renascença, que foi agregando cada vez mais prédios residenciais, muito em função da proximidade com o Bairro Universitário. “Notamos que cresceu muito nesses últimos 12 anos, com prédios e casas novas; era bem diferente antes. Assim como é um bairro para universitários, é também muito família”, completa Roberta.

Além de trabalhar no Renascença, Roberta reside ali. “É excelente, eu adoro morar aqui. Porque é calmo, tem muitas famílias, crianças, é um bairro bem seguro. E eu não acho longe para ir para o Centro, é muito prática essa localização da cidade”, salienta. 

Fundado pelo casal Loreni e Gerônimo Durante, o Mercado e Fruteira Terra Nostra foi um dos primeiros estabelecimentos comerciais a se fixar no Renascença.

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