Queda de tipuanas causa prejuízos a comerciantes do trecho bloqueado da Floriano

A comerciante Edinete Freitas, proprietária da Edinete Presentes e Brinquedos, que esteve na reunião com outros lojistas, considerou o encontro positivo. Ela e os demais defendem a continuidade das intervenções, para que a ampliação e revitalização das calçadas sejam concluídas o mais rápido possível.

Edinete ressaltou que, nas últimas semanas, o comércio no trecho da Rua Marechal Floriano foi afetado em função das tipuanas que cederam e também por quedas na energia. Tal fato, segundo ela, não é comum, reforçando que possui a loja no ponto há 14 anos. 

Desde que as árvores caíram na segunda-feira, 17, os estabelecimentos no trecho em obras precisaram fechar as portas. Não há previsão, de acordo com o prefeito, de quando poderão retornar às atividades. 

“Sei que é questão de segurança. Mas quem vai pagar o nosso aluguel, os funcionários e demais custos? Não somos contra a preservação do túnel, mas precisamos que as árvores sejam suprimidas. Esperamos voltar a trabalhar o quanto antes”, afirmou.

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“Obras devem ser suspensas”, diz Wenzel

Na reunião com o prefeito Sérgio Moraes, o ambientalista e geólogo José Alberto Wenzel defendeu que as intervenções fossem suspensas após a queda das tipuanas. Na sua avaliação, a obra está sendo “muito mal conduzida”, com a utilização de maquinário pesado. “Confundiram a alameda com uma rodovia. Não compreenderam o que é o Túnel Verde, uma árvore sustenta a outra. No momento que tu derruba uma, está desestabilizando todas”, justificou.

Para Wenzel, é necessário uma reavaliação técnica urgente, feita por engenheiros florestais. Acha necessário avaliar uma árvore por vez. A afirmação de Wenzel foi criticada por comerciantes presentes no Palacinho. “O comércio vai fechar, como vamos pagar as contas?”, perguntou um lojista.

O engenheiro Hildo Ney Caspary, vereador por nove mandatos consecutivos, afirmou que, pela legislação, as tipuanas não podem ser plantadas em Santa Cruz. Antes de sair da reunião, afirmou ao prefeito Sérgio Moraes que as pessoas que entendem do assunto estão nas secretarias. “O resto é palpiteiro”, concluiu. Ele ainda se colocou à disposição da Prefeitura para auxiliar nas providências a serem adotadas.

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