É inédita a quantidade de conteúdos que recebemos através do celular, de maneira especial pelo WhatsApp. Com boa vontade, pode-se dizer que 90% do total sequer merece atenção além dos 10 primeiros segundos. Mas, como sempre, há exceções. Como jornalista, gasto muitas horas todos os dias consumindo conteúdos sobre vários assuntos.
O amigo e radialista João Demachi, da Rádio Eco do Vale, do município de Pouso Novo, enviou-me um vídeo de pouco mais de três minutos. Nele, um psiquiatra não identificado tece comentários relativos à pandemia. Ele recorda que desde 2020 o cotidiano é um desafio emocional sem precedentes para a nossa geração.
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Mais adiante, ele recomenda que deixemos de mandar mensagens escritas ou áudios por Whats para apostar em ligações “ao vivo” para as pessoas queridas que fazem a diferença em nossas vidas. A eficácia dessa prática eu mesmo posso testemunhar. Na semana passada liguei (para o telefone convencional) para um tio com quem há 20 anos não conversava. Ele é meu padrinho, homem de múltiplos talentos artísticos, toca um sem-número de instrumentos, um ser humano especial.
Há um mês ele ficou viúvo (minha tia não morreu de Covid!), mas não perdeu o alto astral, característica marcante do tio Dittmar Kirsch, de Lajeado. Relatou que o carinho das filhas tem sido o combustível fundamental para viver. Disse, ainda, que telefona com frequência para outros parentes.
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Voltando ao vídeo, o psiquiatra fez outra recomendação:
– Ouvimos o dia todo o “fique em casa”, mas eu digo: “saia de casa”, em horários de pouco movimento e com todos os cuidados sanitários – adverte.
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– Esta postura pode até não dar um novo propósito de vida, mas estimula a esperança, fortalece a resiliência tão necessária em época de más notícias e perdas tão próximas – conclui o profissional de saúde mental.
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