Homenageados do ano: atriz gaúcha Araci Esteves e ator pernambucano Allan Souza Lima marcaram presença na segunda noite de curtas do festival | Foto: Julian Kober
O Festival Santa Cruz de Cinema celebra nesta quinta-feira, 12, a carreira dos artistas agraciados na oitava edição do evento. A atriz gaúcha Araci Esteves (Anahy de Las Misiones) é a homenageada de 2025. Já o ator pernambucano Allan Souza Lima (Cangaço Novo) receberá o Prêmio Tuio Becker, honraria que leva o nome do crítico de cinema santa-cruzense e celebra a contribuição ao cinema.
Para além da celebração durante a última noite de exibição dos curtas-metragens, no auditório central da Universidade de Santa Cruz (Unisc), os dois participaram de um momento memorável. Cada um plantou um exemplar de tipuana no Bosque do Festival, marcando o ato de inauguração na manhã desta quinta. Localizada perto do Memorial da Unisc, a área já contava com nove mudas, plantadas em abril. Elas foram dispostas para formar, futuramente, o desenho da premiação, que possui um ramo de tipuana.
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Os homenageados marcaram presença nessa quarta-feira, 11, à noite, durante a segunda sessão dos sete filmes da Mostra Olhares Daqui e da Mostra Competitiva Nacional. Na sexta, 13, será o dia de conhecer os vencedores dos Troféus Tipuanas em 14 categorias, a partir das 19 horas.
Além da celebração dos artistas, a programação desta quinta conta com uma novidade que dá início à internacionalização do Festival Santa Cruz de Cinema. Trata-se da Mostra Pantalla Maldonado, com a exibição de quatro curtas-metragens uruguaios: El Visitante, Floren, No Piensen en mi e Figuración. Os idealizadores das obras uruguaias confirmaram presença em Santa Cruz do Sul. A sessão vai começar às 14 horas, no Cine Santa Cruz.
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A noite de quarta no 8º Festival Santa Cruz de Cinema foi marcada pela exibição de sete curtas-metragens. Representando a Mostra Olhares Daqui, o documentário Garimpo, de Paloma Jahnke e Dener Augusto, abriu a sessão evidenciando o papel importante do vestuário na preservação ambiental. Um trabalho necessário que desafia o espectador a refletir a respeito de sua relação com as roupas e a importância dos brechós.
Já a animação gaúcha Posso Contar nos Dedos, de Victória Kaminski, narra uma atípica mas interessante história de uma personagem que acaba perdendo mais um dedo na mão. Os traços belíssimos ajudam a mostrar como a garota ameniza a situação, deixando uma bela lição para a plateia.
O Rio Grande do Sul também foi representado pelo curta Ana Cecília, de Julia Regis, que arrancou risadas com seu humor caótico. A rebeldia da protagonista, que vive desafiando a irmã mais velha, é cativante e gera uma enorme empatia. E a direção, aliada à excelente atuação e uma edição afiada, tornou a experiência divertida e emocionante.
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Em seguida, foi a vez do intrigante e belíssimo Júpiter, de Carlos Segundo. As grandes atuações, combinadas com as belíssimas paisagens, envolveram o espectador e deixaram todos questionando a cena final.
De belíssimos campos franceses vistos no filme anterior, o público foi levado para o confinamento de um presídio em Bença, de Mano Cappu. O excelente time de atores prende a atenção para um ato que parece simples, mas na prisão é sagrado: a visita íntima. Uma história que facilmente poderia se tornar um longa-metragem.
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Soneca e Jupa, de Rodrigo R. Meireles, é uma aconchegante história de dois amigos que viajam em uma kombi. Enquanto desfrutam da natureza, deparam-se com um vira-latas caramelo que rouba a cena. Uma marcante história de amizade.
O encerramento ficou com o angustiante Atentado ao Monegasco, de Lucas H. Rossi dos Santos e Henrique Amud. A presença do ator Tonico Pereira é, por si só, uma atração. Mas o público acompanha uma angustiante trama a respeito de um homem que quer remover um dedo. Ainda que visceral, um memóravel encerramento da segunda noite.
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A balada de um Artista em Extinção, de Vitz Almeida e Maurício Bremm
Pressionado para entregar quadros a uma exposição, o jovem pintor Tino busca, por meio de terapia, entender que tipo de artista e pessoa quer ser. Entre dúvidas e expectativas, ele precisa reconciliar quem é com quem esperam que ele seja.
Pastrana (RS), de Gabriel Motta e Melissa Brogni
Vencedor de três Kikitos no 52º Festival de Cinema de Gramado, incluindo melhor curta-metragem nacional, Pastrana segue a seguinte premissa: ao reviver memórias, a skatista downhill Melissa busca construir uma homenagem para seu amigo Pastrana. Ao resgatar o passado, com ajuda de seus amigos, a presença inerente de Pastrana a ajuda a preencher o silêncio e a melhor compreender o tempo.
À Borda da Vida (RS), de Camila Bauers
Sobre como cuidamos de quem nos cuidou. O filme mostra o momento da vida de Lia Regina, uma mulher de 93 anos que precisa de cuidados 24 horas por dia, e de sua filha Liane, atriz que tenta conciliar a vida profissional com o amparo a sua mãe. Como tentar resumir um relacionamento de amor, dependência e culpa? O filme mostra de modo honesto e sem romantizar uma relação de cuidado que é complexa e, ao mesmo tempo, repleta de afeto como resposta ao amor recebido.
Dependências (RJ), de Luisa Arraes
Vencedor do prêmio Novos Rumos de melhor curta-metragem no Festival do Rio em 2023, a obra acompanha uma família que convida a equipe do escritório para um jantar. No entanto, a empregada da casa, Dadá, não aparece. Eles terão que servir os convidados, sem saber sequer onde fica o abridor de vinho em sua própria cozinha.
Livre Para Menstruar (SP), de Ana Paula Anderson
Vencedor do prêmio de melhor direção de documentário no Rec Festival (RJ) e melhor filme dirigido por mulheres no Curta Canedo (GO), a obra não é um filme sobre menstruação: é sobre meninas e jovens mulheres de todo o Brasil fazendo política e interferindo em decisões que impactam as diversas áreas de suas vidas. Inclusive a menstruação. Articuladas em redes, elas escrevem projetos de lei, pressionam parlamentares, movimentam as mídias sociais, celebram diversas conquistas e sonham cada vez mais alto.
Borderô (BA), de Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter
Na noite de estreia do novo espetáculo, Juliana e Daniel enfrentam brigas que indicam o fim do relacionamento. Com apenas um espectador presente, o casal é forçado a apresentar a peça para uma plateia quase vazia.
Cavalo Marinho (PE), de Leo Tabosa
Na véspera de São João, Francisca, uma viúva prestes a completar 75 anos, está a ponto de explodir como fogos de artifício.
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