Bairro Várzea, em Santa Cruz, foi uma das áreas mais atingidas pela enchente de junho de 2025
O ano de 2025 está chegando ao fim. Por aqui, no Portal Gaz, reportagens de grande repercussão, situações que viralizaram nas redes sociais e crimes que chocaram a população estão entre as reportagens mais lidas. Nos últimos cinco dias do ano, o Portal Gaz reconta os assuntos que mais chamaram a atenção dos leitores. Um deles foi a enchente que atingiu e provocou estragos em diversos municípios da região durante o mês de junho.
Em junho de 2025, os gaúchos ainda se recuperavam da enchente que havia devastado o Estado pouco mais de um ano antes. Ainda eram diversas feridas que não haviam se curado, fossem elas físicas ou psicológicas. Mas, no dia 17 daquele mês, uma terça-feira, a chuva intensa voltou a provocar diversos problemas e medo entre os moradores do Vale do Rio Pardo – mesmo que em dimensão menor se comparada com o episódio de maio de 2024. Aquele foi o dia mais chuvoso da história de Santa Cruz do Sul, com 199,6 milímetros registrados em apenas 24 horas no Centro.
Pela noite, quando a precipitação se intensificou, cenas de horror foram vistas em diversos pontos da cidade. Na região do Bairro Várzea, as famílias tiveram que deixar suas casas ainda no fim da tarde e se instalar em abrigo no Parque da Oktoberfest. Mais de 150 pessoas tiveram de ser acolhidas. Um dos pavilhões também foi reservado aos animais. Além disso, outros bairros, como Margarida, Arroio Grande, Avenida, Schulz, Santa Vitória e Progresso tiveram ruas alagadas. Acessos à cidade, como o Acesso Grasel e a ERS-409, em direção a Vera Cruz, ficaram interditados.
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No Vale do Rio Pardo, o impacto da enchente foi quase generalizado. Em Venâncio Aires, houve pontos de alagamento na cidade e no interior, com três famílias retiradas de casa e aulas suspensas em escolas da rede municipal. Em Vale do Sol, houve a interdição da RSC-153 e o desabamento de uma ponte. Em Encruzilhada do Sul, 150 pessoas foram afetadas e 40 ficaram desalojadas. Em Sobradinho, pontes foram interditadas e a cabeceira de uma ponte cedeu. Em Rio Pardo, foi decretada situação de emergência em razão dos impactos das chuvas.
Em outros lugares, os efeitos da chuva chegaram a ser fatais. Em Vera Cruz, Guido Alexander, de 71 anos, foi encontrado morto às margens do Rio Pardinho alguns dias depois da enchente. Já em Candelária, ainda no início da manhã daquela terça-feira, a correnteza do Arroio Molha Grande levou um Volkswagen Gol que cruzava uma ponte no interior do município. O veículo era tripulado pelo casal Luiz Carlos Rodrigues e Geneci Rosa. A mulher foi localizada ainda no mesmo dia, já sem vida. Já o homem, mesmo meio ano depois, ainda não foi encontrado. As buscas se prosseguiram nos meses seguintes, comandadas pelos bombeiros voluntários de Candelária e militares de Santa Cruz, com apoio das corporações de outros municípios, mas sem sucesso.
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Nos dias seguintes, a água foi baixando na maioria dos rios da região – a exceção foi o Rio Jacuí, em Rio Pardo, em que o nível passou a diminuir somente no domingo seguinte. No último boletim divulgado pela Defesa Civil Estadual, foram 146 municípios afetados no Rio Grande do Sul, com mais de sete mil pessoas desalojadas e quatro óbitos confirmados. Mesmo com impactos menores se comparados com a enchente de 2024, o novo episódio voltou a preocupar os gaúchos e lembrou a importância da prevenção e da rápida resposta aos eventos climáticos extremos, que podem ser cada vez mais recorrentes.
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