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A independência financeira

Há poucos dias, celebramos mais um 7 de Setembro – o dia da Independência do Brasil. Nesses 196 anos, se, de um lado, o Brasil se livrou de Portugal, de outro, novas formas de dependências – internas e externas – foram se estabelecendo. Em crescente globalização, os países são cada vez mais dependentes uns dos outros, prevalecendo, em grande parte, a lei do mais forte, não só militarmente, mas em tecnologias, na economia, cultura, monumentos históricos, etc. Ou, então, por blocos de países, geralmente formados por ideologias, tendo o Brasil, nos últimos anos, por opção de seus governos anteriores de Lula/Dilma, se alinhado com os mais atrasados.

No âmbito interno, as dependências também são cada vez mais acentuadas. Estados e municípios dependem de decisões centrais e de recursos do governo federal para realizarem obras e prestarem serviços públicos decentes aos cidadãos. Como estamos em período de propaganda eleitoral, políticos da situação exploram essas dependências, apresentando-se como amigos ou alinhados com os governos, arrolando recursos que obtiveram para suas comunidades, o que lhes rende votos, obviamente. Quando de oposição, dizem que vão lutar para resolver os problemas mais visíveis da população, como falta de emprego, de saúde, de segurança, de educação, de infra-estrutura, etc., mesmo que, recentemente, muitos dos candidatos tenham participado de governos anteriores, e, portanto, sendo também responsáveis pelas carências e problemas atuais…

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Além das empresas que também são dependentes dos governos das três esferas, pelas obrigações e impostos que lhes são atribuídos, há a farta distribuição de gentilezas sociais que o governo chama de redistribuição de renda, mas que alguém vai ter que pagar – e não é o governo –, criando novos dependentes de vários tipos de bolsas.

Foto: Divulgação

 

O brasileiro só vai tornar-se independente, completamente, quando dispor de educação de boa qualidade; de sistema de saúde atencioso e eficaz; de segurança; de boas e mais estradas; de transporte urbano confortável e rápido; de remuneração adequada. Para isso, de um lado, depende da ação de políticos que, infelizmente, comparados com outros países, custam absurdamente caros, além de, muitas vezes, não terem currículo acadêmico e profissional necessário para tão importante função, sem contar a “ficha limpa” – que deveria ser inquestionável; e, de outro, precisa pagar impostos escorchantes para manter a máquina pública que nem sempre funciona, formada por políticos, governantes, judiciário e até empresas públicas que, em muitos casos, só acumulam prejuízos. Nesses setores, estão alocados os cidadãos de primeira classe – além dos políticos, alguns grupos de funcionários públicos, muitos deles com salários não só muito acima da média do trabalhador brasileiro, mas, também, do teto constitucional; sem contar os penduricalhos, a estabilidade de emprego, poder participar de greves sem risco de perder o emprego ou cargo comissionado, etc.

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É claro que o cidadão comum – o de segunda classe -, pode e precisa fazer a sua parte. Uma, é votar com consciência, procurando informar-se sobre tudo que envolve qualquer candidato; outra, é planejar a sua independência financeira: 1) saber o que isso significa: fazer um planejamento financeiro; controlar pequenos gastos; livrar-se das dívidas, ter uma reserva financeira; ter seu próprio negócio, participar de trabalhos voluntários, trabalhar por que gosta, etc.; 2) diagnosticar seu dinheiro: saber para onde ele vai; 3) criar o hábito da poupança: pagar-se primeiro, não com o que sobra, mas como primeiro item de suas obrigações financeiras; 4) investir em aprimoramento pessoal, profissional e em educação financeira.

Quando se trata de finanças pessoais, parece que ainda cometemos os mesmos erros ou similares em que incorreram nossos pais. É hora, então, de mudar e fazer melhor do que eles. Talvez seja arriscado esperar por soluções mirabolantes, como a prometida pelo candidato a presidente Ciro Gomes de que vai resolver o problema da inadimplência de mais de 60 milhões de brasileiros. Hoje, já está disponível a educação financeira, que não existia no tempo de nossos pais, nem até recentemente. Mas, não é preciso voltar para a escola ou fazer um pós em economia. Podemos nos educar financeiramente através de livros, cursos, seminários, palestras, vídeos, artigos. Enfim, existem muitas ferramentas para mudar a forma de lidar com o dinheiro. É só convencer-se dessa necessidade e começar. É o caminho para proclamar a sua independência financeira!

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