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Café na Roça

Hortaliças: alternativa que há 10 anos substitui o tabaco

Brócolis, repolho, couve-flor e pimentão dão sabor, cor e deixam qualquer refeição mais saudável. Essas também são algumas das hortaliças que fazem parte do dia a dia da família Bernardi, de Linha São João, interior de Segredo, há duas décadas.  Elisanio e Rejane Bernardi decidiram que buscariam uma alternativa para a produção do tabaco, a qual já não lhes agradava mais. Em entrevista à Rádio Gazeta FM, durante o quadro “Café na Roça”, o casal contou que a migração do plantio de fumo burley para as hortaliças foi aos poucos. “Conseguimos, aos poucos, parar com o fumo. Já faz dez anos que não plantamos mais”, destaca.

A família explica que é preciso um planejamento de seis meses para entregar um produto de qualidade. “Hoje o mercado nos exige um produto bem apresentável, para isso é preciso saber o ciclo dessas hortaliças. São necessários 45 dias até a muda estar pronta pra ir para a lavoura e depois mais quatro meses em média para esse produto estar bom”, explica. Esse planejamento é essencial, pois todos os dias é preciso retirar da lavoura uma quantia para abastecer os supermercados da região.

Bernardi conta que para trabalhar com a produção de hortaliças é preciso muito cuidado e conhecimento. “Estamos aprendendo a cada dia. É preciso cuidar o ciclo de cada produto para que nós possamos entregar sempre um produto de qualidade e todos os dias”, explica. A família emprega duas pessoas durante todo o ano e, dependendo da resposta do mercado, é necessária a contratação temporária.

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Em 18 hectares, Bernardi produz repolho verde e roxo, brócolis, couve-flor, aipim, moranga cabotiá, pimentão e berinjela.

Em relação ao mercado, Elisanio explica que no começo a venda era de casa em casa. Depois foram conquistando os comércios de Segredo e Sobradinho. Hoje já realiza entregas em Panambi, Cruz Alta e Cachoeira do Sul. A família também conta que foi possível notar, durante esses anos, a preocupação dos consumidores em levar para casa produtos de qualidade e saudáveis. “Nossos produtos não levam nenhum tipo de agrotóxico”, destaca. Os mais vendidos são o brócolis e o repolho.

As lavouras são todas irrigadas. Um investimento necessário para que as hortaliças vençam o calor e as possíveis secas do verão. As estufas, onde são produzidas as mudas, também são irrigadas. “Hoje em dia não tem como trabalhar com uma grande produção de hortaliças e não haver irrigação. As nossas chuvas são muito irregulares, então é necessário que haja uma alternativa”, frisou.

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Sobre as perdas, Bernardi destaca que a maioria ocorre quando há excesso de chuva. Inclusive, morrem mais plantas quando há muita água do que no forte do inverno com a geada.

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