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Especial

As nossas brizoletas

Por: Benhur Luiz Maieron
Especial para o Jornal Gazeta da Serra

Há quase 60 anos, o Rio Grande do Sul viveu uma verdadeira revolução na área educacional. Durante a gestão de Leonel Brizola à frente do governo gaúcho, no período de 25 de março de 1959 a 25 de março de 1963, ele pôs em prática sua principal promessa de campanha: “Nenhuma criança sem escola no Rio Grande do Sul”, até porque, na década de 1950, na região Sul, 94% das escolas primárias eram públicas, mas insuficientes.

Na época, o analfabetismo gaúcho girava em torno de 40%. Na área rural era pior: com população mais numerosa, passava dos 50%. Brizola, no mesmo dia da posse (o homem era rápido), implanta o Serviço de Expansão Descentralizada do Ensino Primário e a Comissão Estadual de Prédios Escolares (Cepe), órgãos que gerenciavam todas as atividades relacionadas à contratação de professores, cedência e construção de escolas em todo o Rio Grande do Sul.  

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A maioria das escolas tinham uma ou duas salas de aula, eram pré-fabricadas, simples, modestas, podiam ser montadas em poucos dias e uma das características é que as tábuas das paredes ficavam na horizontal. Nada de fachadas imponentes ou majestosas. Logo foram apelidadas de “brizoletas”. Em geral, havia um convênio entre o estado e os municípios para a execução das obras, cabendo às prefeituras escolher as empresas construtoras, mediante licitação.

Os terrenos, quase sempre, eram cedidos (e com muito orgulho) pelos moradores locais, sendo os professores bancados pelo estado. Há divergência quanto à quantidade de escolas construídas.

No fim do seu mandato, Brizola informou à Assembleia Legislativa, com evidente exagero, ter construído 5.535 prédios (entre escolas pequenas e grandes), mas no relatório da Cepe, órgão do governo gaúcho, portanto, temos números diferentes: apenas 1.045 prédios construídos, totalizando 3.360 salas. Se somarmos a esses totais os 371 prédios iniciados ou planejados (1.349 salas), ainda assim teremos números inferiores aos divulgados por Brizola.

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Quanto aos professores, houve expressiva contratação, mas descuidou-se em sua qualificação, sendo que em 1961, fechando o terceiro ano de governo, quase 52% dos docentes eram leigos. Mas nada disso invalida o tremendo esforço feito no sentido de tirar nossas crianças das trevas da ignorância e do analfabetismo.

LEIA MATÉRIA COMPLETA NA GAZETA DA SERRA DESTA TERÇA-FEIRA

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