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Tradição

Ovos de chocolate: o gosto da infância em receitas para a família

União, pertencimento, reflexão e gratidão. São estas as palavras que Bruna Teixeira da Silva, 27 anos, usa para descrever o significado da Páscoa em sua vida. Segundo ela, este é um momento que reforça a importância das pequenas coisas, dos detalhes, independentemente da condição financeira de cada um. É, sobretudo, “um momento de agradecimento por tudo o que Jesus Cristo fez por nós”, enfatizou.

Na família de Bruna, assim como ainda ocorre em muitas famílias no Brasil, uma tradição antiga costumava ser reproduzida nesta data e, para a jovem, esta é uma das bonitas recordações de infância. “Lembro-me bem, quando era pequena meu irmão desenhava e recortava as pegadas do Coelho e espalhava pela casa para que eu fizesse a tão esperada caça ao ninho. A felicidade era grande quando encontrava. A Páscoa também era o momento em que a família se reunia e fazíamos um belo trabalho em equipe. Pintávamos as cascas de ovos, produzíamos os cri-cris, decorávamos as embalagens (nessa parte era onde a criatividade e a imaginação entravam em cena). Mesmo não sendo uma cesta tão farta, a alegria era imensa”, recordou.

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Da infância até hoje, a tradição de reunir a família na Páscoa, se mantém, mas com a rotina de adultos, a confecção artesanal dos doces havia sido deixada de lado. Até que Bruna resolveu colocar em prática seus dotes culinários. “Desde nova queria ter meu próprio dinheiro, e vi na Páscoa uma oportunidade para que isso acontecesse, já que fazia minha graduação e isso seria uma fonte de renda temporária. Comecei primeiramente testando até que chegasse ao sabor e textura que eu queria”.

A jovem disse ser desde pequena apaixonada pela área gastronômica. “Eu sempre me metia na cozinha, enfeitava os pratos e elaborava comidas diferentes, fui aprimorando e pesquisando sozinha, já que minha família não é muito chegada na culinária. Gosto mesmo de colocar a mão na massa. Em minha formatura, por exemplo, fiz questão de produzir todos os doces da festa. Minha maior alegria é ver a satisfação das pessoas que comem minha comida, afinal cada etapa é feita com muito amor”.

Antes de cursar engenharia, Bruna frequentou um semestre de gastronomia. “Optei pela troca de curso, pois na época a construção civil estava em seu ápice de crescimento. Este foi o principal motivo da troca. Sempre falo: engenharia é minha profissão e gastronomia minha paixão!”

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Atenta ao que o comércio local oferecia, a jovem resolveu inovar e produzir ovos trufados uns nove anos atrás. “Comecei vendendo 20 ovos. Fiquei extremamente feliz, afinal era meu primeiro ano. Já no ano seguinte vendi 120. Por falta de tempo não conseguia produzir mais, porque precisava fazer durante a madrugada e nas poucas horas vagas que tinha”, revelou.

Formada e atuando na área da engenharia civil, o tempo para produção se tornou escasso. “Hoje em dia, com minha profissão, o tempo ficou menor ainda, mas a paixão por chocolate continua. Atualmente os faço por hobby, somente para minha família e meus afilhados, que amam meus ovos de Páscoa”, destacou.

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O sentido solidário da data também está presente na vida da engenheira. “Quando eu comercializava os ovos de chocolate, em forma de agradecimento aos objetivos alcançados, doava parte da produção para crianças carentes, sempre anonimamente. Quando não conseguia produzir os ovos para doação, no lugar sempre comprava, e continuo até hoje, doando outros doces para alegrar pelo menos por um dia a vida de uma criança necessitada”.

O desejo da jovem é poder contribuir ainda mais. Ela sonha com a realização de oficinas de produção de ovos, por meio de projeto social, o qual alcance um maior número de crianças pelo singelo ato de amor.

O recado de Bruna para esta Páscoa é simples, mas representa o desejo de muitos: “Infelizmente, neste ano, não vai ser possível reunir toda a família, mas o mais importante é que estaremos unidos em pensamento e torcendo para que ano que vem esta data possa ser comemorada com abraços e todos juntos. Desejo saúde e que sejamos conscientes, porque a única forma desta pandemia acabar é por meio da autorresponsabilidade, ou seja, cada um fazendo sua parte em busca de um único objetivo.”

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Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

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