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Agro & Negócios

O princípio e o fim

A comunidade científica voltada ao agronegócio está em alerta para o crescimento das resistências em plantas daninhas, fungos e doenças e pragas que atacam grãos, fibras e pastagens no Brasil. Isso porque diversos mecanismos de ação de defensivos agrícolas estão perdendo o efeito, seja pelo uso inadequado – formato, momento ou quantidade aplicada – ou pela própria pressão de seleção, ou seja, o uso apenas de determinado princípio ativo. O clima, em especial no Brasil central, ajuda a aumentar a pressão de algumas pragas. 

Só aumenta  

No Brasil, 45 plantas invasoras já foram identificadas como resistentes a herbicidas, por exemplo. Para o glifosato, principal herbicida utilizado no país, são oito invasoras que afetam em especial a soja. O uso sistemático de variedades RR, de Roundap Ready, soja, algodão e milho com gene de resistência ao glifosato, selecionou as pragas por mutação. O mesmo vem acontecendo com os fungicidas para a ferrugem asiática, que dependendo da região, já tem raças de fungos que toleram ao veneno.

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A jato

A rapidez com que algumas doenças e pragas, em geral, quebram a resistência dos defensivos vem impressionando os especialistas. das variedades cultivadas. Produtos que tinham previsão de levar até 10 anos para perderem a eficiência, só mantiveram a característica por duas a três safras em algumas regiões. E os custos aumentaram até quatro vezes. Mas, pode ficar pior: não há previsão do lançamento de novas moléculas ou sistemas de controle das grandes indústrias químicas, que reduziram os investimentos depois do surgimento do RR. A bolha de proteção está estourando.

Manejo  

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Com isso, os agricultores e pecuaristas que se sentiam confortáveis com o uso rápido e eficiente de destes produtos químicos, estão precisando voltar atrás e retomar práticas e tratos culturais que haviam ficado no passado, como a formação de palhada, rotação de defensivos e de culturas e até controle biológico. Ao menos para os próximos cinco anos a previsão é de uma redução no nível de eficiência dos defensivos e aumento do número e do volume de plantas e organismos que resistem a produtos químicos. E isso vale para todas as culturas.

Tabaco

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Meritória a iniciativa das entidades ligadas ao tabaco em apresentar na quinta-feira, na 40ª Expointer, em Esteio, os resultados da pesquisa sobre o perfil socioeconômico do produtor, no fórum: A cadeia produtiva do tabaco – Agronegócio sustentável. A pesquisa alcançou 15 microrregiões produtoras do Sul do Brasil, e revelou o que o setor já propagava: a renda do agricultor de tabaco é 73% superior à do trabalhador brasileiro. Isso revela que enquanto 80% dos brasileiros vivem nas classes C e D, a mesma parcela de produtores de tabaco vive nas classes A e B.

Na autoavaliação, 90% dos entrevistados disseram estar satisfeitos com a atividade agrícola, 85% pretendem continuar plantando tabaco, 73% afirmam ter sucessão na propriedade e 64% acreditam que “a renda permite levar a vida com facilidade”. Ao serem questionados sobre o motivo de plantarem tabaco, 90% dos produtores apontaram a garantia de venda, 89% falaram da lucratividade, 88% mencionaram a orientação técnica e 82%, o seguro agrícola.

Crioulas  

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Associação Gaúcha Pró-Escolas Famílias Agrícolas (Agefa) e Secretaria Estadual do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo lançaram a publicação Sementes Crioulas, que resgata o trabalho em defesa deste material genético agrícola transmitido de geração em geração e a sua importância para o pequeno agricultor. Foi na Expointer, mas o coordenador da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul, João Paulo Reis Costa, presenteou a redação integrada do Grupo Gazeta com um exemplar.  

Pecuária  

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A maior feira de pecuária da América do Sul teve a presença do Grupo Gazeta. Entre outras atividades e lançamentos, o Anuário Brasileiro da Pecuária 2017, massivamente distribuido nas cadeias produtivas, traduzindo o momento e antecipando as tendências e informações sobre tecnologias, produção e mercados para o futuro. Esta e outras publicações referenciais da agricultura e da pecuária brasileira podem ser acessadas em www.editoragazeta.com.br .

Preços  

O cordeiro e o leite são os únicos produtos agropecuários pesquisados pela Emater/RS com evolução nos preços frente às médias históricas e ao ano anterior, mostrando que realmente 2017 não está para o homem do campo, ainda que o PIB do primeiro semestre tenha sido ancorado na agropecuária.

 

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