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Como é feito o teste rápido da pesquisa que mapeia o coronavírus em Santa Cruz

Foto: Alencar da Rosa

Amostra é analisada por aparelho enquanto o morador responde a questionário

Neste fim de semana ocorre a terceira fase da pesquisa que busca estimar o número de pessoas que já contraíram o coronavírus no Rio Grande do Sul. Nesta nova rodada, que se inicia neste sábado, 9, e vai até o fim de domingo, a meta é aplicar testes rápidos e entrevistar 4,5 mil moradores em nove cidades das regiões demográficas do Estado, segundo classificação do IBGE: Canoas, Caxias do Sul, Ijuí, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Uruguaiana.

A Unisc, sendo uma das universidades que apoia a iniciativa, conta com o trabalho de acadêmicos e professores voluntários das áreas da saúde que visitarão residências de forma aleatória em Santa Cruz do Sul. Segundo a diretora de Inovação e Empreendedorismo da Unisc e coordenadora da pesquisa em Santa Cruz do Sul, Andréia Valim, serão 38 alunos com idades entre 21 e 32 anos, divididos por bairro em 32 setores no sábado e 18 no domingo.

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Serão aplicados dez testes por setor, totalizando 320 testes neste sábado e 180 no domingo. “Nossa metodologia de trabalho consiste em visitar residências nos bairros que ainda não participaram da pesquisa. Esta terceira amostragem é a penúltima prevista dentro deste estudo encomendado pelo Estado. Ao final, em Santa Cruz, terão sido aplicados 2 mil testes”, explicou Andréia Valim.

Na noite dessa sexta-feira, 8, os estudantes que irão realizar a pesquisa participaram de um treinamento na Unisc. “Para não colocarmos a campo nenhum aluno positivado para Covid-19, todos os participantes foram testados neste treinamento, aplicando em seus colegas os mesmos testes que irão usar na população”, ressaltou a coordenadora da pesquisa em Santa Cruz do Sul.

Estudantes da Unisc passaram por treinamento na noite dessa sexta. Eles irão aplicar 500 testes durante o fim de semana | Foto: Alencar da Rosa

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Para cada confirmado há 12 não notificados

Durante a visita, os entrevistadores coletam uma amostra de sangue (uma gota) da ponta do dedo do participante, para ser analisada pelo aparelho de teste em aproximadamente 15 minutos. Enquanto o resultado é processado, o morador responde a um breve questionário sobre informações sociodemográficas básicas, sintomas da Covid-19 nas últimas semanas, busca por assistência médica e rotina da família em relação às medidas de prevenção e isolamento social.

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Se o resultado for positivo, os profissionais entregam um informativo com orientações e repassam o contato do participante para acompanhamento e suporte da Secretaria de Saúde do município. A pesquisa inédita, encomendada pelo governo do Estado para a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), está mapeando os casos de coronavírus e acompanhando, quinzenalmente, a velocidade de disseminação do contágio entre os gaúchos.

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“É o primeiro estudo a fazer esse levantamento global, incluindo pessoas sem sintomas, e observar a população das mesmas cidades ao longo do tempo”, comenta o coordenador-geral do estudo e reitor da UFPel, Pedro Hallal. Evidências de etapas anteriores mostraram que os casos notificados da Covid-19 representam uma parcela pequena das pessoas infectadas, em comparação com a realidade do número de casos na população.

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Para cada diagnóstico confirmado da doença no Rio Grande do Sul, o estudo estima que existem ao redor de 12 casos não notificados. A etapa mais recente, cujos resultados foram divulgados pelo governador Eduardo Leite em coletiva de imprensa no dia 29 de abril, confirmou também a alta transmissibilidade do vírus no ambiente doméstico. O custo do estudo, de R$ 1,5 milhão, tem financiamento da Unimed Porto Alegre, do Instituto Cultural Floresta, também da capital, e do Instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro.

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