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Santa Cruz

Após duas cirurgias nos joelhos, Allan Cristian celebra virada na carreira

Foto: Guilherme Athayde

No clube desde 2018, Allan Cristian superou problemas de lesão para integrar o elenco que conquistou o caneco da Copa FGF

O meia e lateral-esquerdo Allan Cristian, de 27 anos, tem bons motivos para comemorar o título da Copa Ibsen Pinheiro, conquistada pelo Santa Cruz há uma semana, no Estádio Francisco Novelletto Neto (antigo Passo D’Areia), em Porto Alegre. E não somente por ter entrado no segundo tempo e participado da jogada que resultou no gol de Juliano Fogaça aos 5 minutos da segunda etapa, que permitiu ao Galo levar a decisão aos pênaltis e vencer o São José por 4 a 3, após perder de 3 a 1 no tempo normal – mesmo resultado do confronto de ida, nos Plátanos.

Natural de Coronel Fabriciano (MG), Allan está no Galo desde 2018, ano em que o clube foi rebaixado na Série A2 do Campeonato Gaúcho, também conhecida como Divisão de Acesso. Após o fim da competição, ele teve de se submeter a uma cirurgia no joelho esquerdo para tratar uma lesão do ligamento cruzado anterior. Passado o período de recuperação, Allan iniciou a temporada 2019 com o Santa Cruz. Logo na estreia da Segunda B, a antiga Terceirona Gaúcha, o atleta sofreu a mesma lesão, dessa vez no joelho direito.

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“2018 e 2019 foram anos muito difíceis, muito complicados para mim. Eu tinha acabado de sair de uma cirurgia no joelho em 2018, acabei machucando de novo. Fiz o tratamento e graças a Deus consegui voltar em 2019. Quando voltei, na estreia eu rompi o joelho direito, aí foram mais duas cirurgias. Fiquei tratando os dois joelhos. Voltei a jogar no início de 2020, e veio essa pandemia que atrapalhou muito. Eu pensava que não ia voltar a jogar tão cedo. Só que Deus é bom, Deus é justo”, comentou.

Para seguir focado em seu tratamento após duas cirurgias, foi fundamental o apoio dos familiares, de seu empresário e da direção alvinegra, segundo Allan Cristian. Na Copa promovida pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF), o jogador atuou em sete das nove partidas da campanha vitoriosa do elenco carijó. Ao todo foram cinco vitórias, dois empates e duas derrotas – 63% de aproveitamento, sob o comando do técnico Wiliam Campos. “Classificamos com muitas dificuldades, machuquei o tornozelo e fui para os jogos difíceis do mata-mata. Mesmo com dores no pé, entrei no jogo (contra o São José), participei da jogada do gol, levamos a partida para os pênaltis. Depois de quase três anos parado, só recuperando e fazendo tratamento, graças a Deus consegui voltar”, celebrou.

O jogador não escondeu a preocupação com o fato de sofrer mais uma série contusão na carreira. “Nessa pandemia cheguei a voltar para casa triste, pensando que não ia conseguir jogar, achando que ia ficar três anos sem jogar. Mas consegui vencer mais esse obstáculo e pude ajudar o time a ser campeão. Só tenho a agradecer a todos pela oportunidade. Conseguimos ser campeões, classificar para a Copa do Brasil e Recopa Gaúcha (confronto com Grêmio, campeão estadual), e eu espero ajudar também”, projetou Allan Cristian.

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Santa Cruz já disputou torneios nacionais

Com o título da Copa FGF – Troféu Ibsen Pinheiro em cima do São José nos pênaltis por 4 a 3, na última terçafeira, em Porto Alegre, o Santa Cruz conquistou uma vaga inédita à Copa do Brasil 2021. Mas disputar outras competições nacionais não é novidade para o Galo.

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Segundo o jornalista Benno Kist, que ajudou a escrever o livro Orgulho centenário, publicado pela Editora Gazeta, o time carijó marcou presença no Torneio Centro-Sul em 1968. Ele ficou no grupo 2, junto com Palmeiras, de Blumenau (SC), e Juventude. A equipe avançou às semifinais em primeiro lugar, quando foi eliminada pelo Maringá – vitória de 4 a 3 nos Plátanos e derrota de 7 a 0 no Paraná.

No ano de 1987, o Santa Cruz jogou a Taça Heleno Nunes – Módulo Azul da Copa União, que reuniu 24 clubes do Sul do País. Na primeira etapa do campeonato, o time alvinegro terminou na primeira posição do grupo A, que contava ainda com Chapecoense, Esportivo, de Bento Gonçalves, e EC Pinheiros, de Curitiba (PR). Na fase seguinte, já pelo sistema de mata-mata, o Galo caiu diante do Caxias – empatou por 1 a 1 em casa e perdeu pelo placar de 1 a 0 na Serra.

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Após terminar o Gauchão de 1988 na quarta colocação, o Santa Cruz ganhou o direito de participar, na temporada seguinte, do Brasileiro da Série B, originalmente chamado pela CBF de Divisão Especial. Com 96 times na disputa, o Galo fez parte da chave Q, que tinha também Criciúma, Figueirense, Avaí, Novo Hamburgo e Pelotas.

Como finalizou na quarta posição, a equipe santa-cruzense não obteve a classificação – somente os dois primeiros avançaram (Criciúma e Figueirense). O Bragantino sagrou-se campeão do torneio ao derrotar o São José-SP na final.

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