A Câmara dos Deputados iniciou há pouco a sessão destinada a vota a proposta de emenda à Constituição (PEC) 171/93 que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes hediondos. Pelo acordo firmado com os líderes partidários, o debate no plenário terá a participação de dez deputados falando a favor da aprovação da PEC e dez contra.
Mas, antes da apreciação da matéria, os deputados devem votar a urgência do Projeto de Lei 1.358/15, que muda o índice de correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e o Projeto de Lei Complementar (PLP) 37/15, que permite a alteração do índice de correção das dívidas estaduais e municipais com a União, independentemente de regulamentação.
A PEC da Maioridade Penal foi aprovada, no último dia 17, por 21 votos a 6 na comissão especial destinada a analisar o tema. Ela reduz a maioridade para os crimes considerados hediondos, como estupro, latrocínio e homicídio qualificado (quando há agravantes).
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O texto diz ainda que a redução também poderá ocorrer pela prática de crimes de lesão corporal grave ou lesão corporal seguida de morte e roubo agravado (quando há sequestro ou participação de dois ou mais criminosos, entre outras circunstâncias).
Para ser aprovado o texto da PEC precisa de, no mínimo, o voto de 308 deputados em duas votações no plenário da Câmara. Caso seja aprovada, a proposta segue para o Senado.
MANIFESTAÇÃO
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Manifestantes tentaram entrar na Casa na tarde desta terça. O grupo teria uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que permite o acesso ao local. A maioria foi contida na escadaria que dá acesso ao salão verde. “Ei, Cunha não esquece. Tem liminar do STF” e “Redução é farsa, não muda nada, não. Eu quero mais dinheiro pra saúde e educação” são algumas das palavras de ordem dos manifestantes. Um grupo a favor da redução também tentou entrar na Câmara, mas a maior parte das pessoas foi barradas pela polícia legislativa.
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