Joaquim Levy recebeu José Ivo Sartori na noite desta quarta-feira, 12. O ministro da Fazenda não compareceu em duas reuniões marcadas com o governador ao longo do dia, a primeira pela manhã, às 10h30, e a segunda no fim da tarde, às 17h30. Sartori está na capital federal para buscar soluções para a crise que culminou no bloqueio de repasses do Tesouro Nacional ao estado.

“Hoje tivemos um desencontro de agendas no Ministério da Fazenda. Mas não é isso que vai me fazer desistir de lutar pelo RS”, escreveu o governador em sua conta no Twitter. “Para resolver os problemas do RS, é preciso persistência. Eu vou persistir quanto for necessário”, acrescentou.

Após ser informado que Levy não compareceria ao encontro marcado para às 17h30, Sartori foi até a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) para reunir-se com ministros, com o objetivo de buscar apoio no julgamento do recurso movido pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) na principal instância da Justiça nacional. O Piratini tenta derrubar a liminar que proíbe o parcelamento dos salários dos servidores. O julgamento está suspenso e não tem data para ser retomado porque o ministro Teori Zavascki pediu vistas ao processo. 

Após encontro com o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, que aconteceu pela mãnhã, o governador falou com a imprensa. Sartori negou que tenha dado “calote” no governo federal, embora tenha admitido que não realizou o pagamento da parcela da dívida com a União. Ele afirmou que espera “solidariedade” e “compreensão”. “Ninguém passou calote nenhum. Apenas não cumprimos uma parte. Vamos trabalhar tecnicamente como em qualquer lugar”, afirmou. 

“Eu posso dizer com toda clareza do mundo que nos esperamos compreensão e também uma solidariedade ativa em relação às finanças do Rio Grande do Sul, que é o que nos precisamos. Mas isso nós vamos conversando, como estamos conversando há mais tempo e continuando evidentemente esse diálogo de forma permanente”, complementou.