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Pix promete maior agilidade e segurança em pagamentos

Foto: Lucimara Silva

Facilitar e agilizar transações entre pessoas, empresas e entidades governamentais é o objetivo do Pix, a nova plataforma de transferências e pagamentos instantâneos do Banco Central. O diferencial é que os procedimentos serão realizados pelo celular e ocorrerão em cerca de seis segundos, em um serviço disponível 24 horas, sete dias por semana. Além da agilidade, a plataforma, gratuita para pessoas físicas, oferece segurança.

Com a implantação do Pix, não será mais necessário esperar por dias até que o pagamento “caia” na conta. Pelo contrário, as transações devem compensar em segundos. O lançamento oficial do Pix será no dia 16 de novembro, mas quem tem interesse em sua utilização pode se cadastrar no aplicativo da instituição financeira em que possui conta, para obter as chaves de ativação, a partir desta segunda-feira, 5.

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Os usuários poderão registrar de uma até cinco chaves associadas a uma conta bancária que vão permitir o uso do novo sistema de forma mais rápida e direta. Com a chave é possível localizar o destinatário do pagamento sem outros dados de identificação. As transações podem ser feitas pelos aplicativos de bancos e de pagamentos para telefone celular ou pelo internet banking em computadores.

Na Cooperativa de Crédito Sicredi, o cadastro das chaves está disponível no aplicativo do próprio pelo Menu Pix, explica o diretor executivo da Sicredi Vale do Rio Pardo, Márcio Algayer. Desta forma, não será preciso baixar outro aplicativo. Segundo Algayer, podem ser utilizados smartphones com sistema operacional Android ou IOS.

O diretor esclareceu que além de ter a segurança e a agilidade para as operações de pagamentos, o novo sistema reduz drasticamente os custos dessas atividades para o mercado financeiro e, consequentemente, para o usuário final. “O Pix chega para transformar o arranjo de pagamentos, trazendo a instantaneidade que o usuário tanto busca para a gestão dos seus recursos, assim como a percepção de segurança, pois ao receber um pagamento, não haverá mais a necessidade do compartilhamento dos dados bancários e pessoais”, disse Algayer.

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De acordo com o Banco Central, o País ganha mais uma alternativa para efetuar pagamentos, além dos modelos tradicionais já existentes, como TED, DOC, boleto, cheque e cartões. As transações poderão ser feitas por meio de QR Code (versão avançada do código de barras lida pela câmera do celular) ou a partir da inserção de informações simples como número de celular, e-mail, CPF ou CNPJ.

Conforme o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, o número de pagamentos por meios digitais cresceu em virtude da pandemia do novo coronavírus. “É muito importante entender essa mudança que estamos passando e como isso tem sido intensificado pela crise. Há um movimento de inovação que se acelerou em várias áreas”, justificou.

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Entenda

Afinal, o que é o Pix?
O Pix é um sistema de transferência de dinheiro e pagamentos instantâneos que permitirá a realização destas operações 24 horas por dia, inclusive em finais de semana e feriados.

Quem vai poder usar?
O Pix poderá ser usado por qualquer pessoa física ou jurídica, que tenha conta em um banco, instituição de pagamento ou fintechs (empresas que trabalham para inovar e otimizar serviços do sistema financeiro). Essa conta não precisa ser corrente.

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Como fazer?
Para realizar um pagamento via Pix, você pode:
Ler um QR Code com a câmera do smartphone, na opção de fazer um Pix no app do banco de sua preferência.
Informar uma Chave Pix, que pode ser CPF/CNPJ, e-mail ou telefone celular do recebedor.
Digitar manualmente os dados da conta transacional do usuário recebedor, como ocorre hoje para iniciar uma TED ou DOC.

Como receber?
Para receber um Pix, você pode:
Gerar um QR Code e apresentá-lo ao pagador.
Informar ao pagador sua Chave Pix, que pode ser CPF/CNPJ, e-mail, telefone celular ou chave aleatória.

Quando o Pix poderá ser usado?
O cadastro das chaves Pix pode ser realizado a partir desta segunda-feira, 5, nos aplicativos dos bancos de sua preferência. O Pix passa a funcionar oficialmente a partir de 16 de novembro de 2020.

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Número de instituições aptas cresce no País

O Banco Central habilitou 677 bancos, fintechs e cooperativas para o lançamento do Pix. Até o início da noite da última quinta-feira, o BC havia publicado o aval para apenas 11 instituições começarem a operar o novo sistema de pagamentos.

O prazo para a instituição conseguir permissão para participar da primeira fase de cadastramento das chaves dos usuários do Pix acabou na última sexta-feira. Já o processo de cadastramento das chaves dos clientes interessados em utilizar o sistema começa nesta segunda-feira.

Nos últimos dias, várias instituições abriram cadastros prévios, mas a efetivação tem início a partir desta segunda. Para isso, porém, as instituições precisam de aprovação. Dentre os cinco maiores bancos do País, o Bradesco recebeu o aval na quarta-feira para operar o Pix, enquanto Banco do Brasil, Itaú e Santander foram autorizados na leva de quinta à noite. A Caixa Econômica Federal foi a última a entrar na lista, na sexta-feira passada.


Essas instituições já vinham trabalhado para atender às exigências do Banco Central e passar por testes de estresse, que buscam avaliar se elas estão preparadas para suportar determinado volume de pagamentos por segundo. Esses testes são importantes para garantir a efetividade e a segurança do Pix.

O sistema, que já tem similares em outros países, vai ser usado para permitir pagamentos e transferências bancárias em tempo real. Os grandes agentes financeiros são obrigados a aderir, mas a ferramenta atraiu um número expressivo de cooperativas, fintechs e financeiras.

A chave de usuário é como um apelido para identificar as contas do Pix. O cliente pode cadastrar um número de celular, e-mail, CPF, CNPJ ou um EVP (uma sequência de 32 dígitos a ser solicitado no banco). De acordo com Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o sistema faz parte de medidas importantes para reduzir a necessidade de circulação de dinheiro em espécie, “que tem custo de logística de R$ 10 bilhões ao ano”.

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