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PANDEMIA

Vacinação para Covid-19 será obrigatória em São Paulo, diz Dória

Governador do Estado de São Paulo, João Dória Jr., segura caixa da Sinovac, vacina contra a Covid-19 ainda em desenvolvimento

O governador de São Paulo, João Doria, disse nesta sexta-feira, 16, que a vacina contra a Covid-19 será obrigatória em todo o estado paulista, caso ela seja aprovada nos testes e tenha o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo Doria, apenas pessoas com atestado médico poderão ser liberadas de receber o imunizante.

“Em São Paulo a vacinação será obrigatória, exceto para quem tenha orientação médica e atestado médico de que não pode tomar a vacina. E adotaremos medidas legais se houver contrariedade nesse sentido”, disse Doria, em entrevista coletiva em São Paulo.


O governador revelou que os testes com a vacina chinesa CoronaVac devem ser finalizados neste final de semana e os resultados desses testes deverão ser anunciados em coletiva à imprensa na segunda-feira (19). Doria também disse que os resultados desses testes serão encaminhados na própria segunda-feira para a Anvisa.

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Na quarta-feira (21), Doria deve se reunir com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para discutir sobre a possibilidade de distribuir a vacina nacionalmente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). No mesmo dia, o governador vai se reunir com o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.

“O que São Paulo deseja é compartilhar a vacina do Butantan para que outros estados brasileiros possam vacinar. São Paulo vai vacinar. Já garanti que os 45 milhões de brasileiros em São Paulo serão vacinados”, disse Doria.

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Testes

O governo paulista, por meio do Instituto Butantan, tem uma parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac para a vacina CoronaVac. Por meio desse acordo, o governo vai receber 46 milhões de doses da vacina até dezembro deste ano. O acordo também prevê transferência de tecnologia para o Butantan.

A CoronaVac está na fase 3 de testes com voluntários brasileiros desde julho deste ano. Nesta etapa, é avaliada a eficácia da vacina, ou seja, se ela protege contra o coronavírus. Caso os testes de fase 3 comprovem que ela é uma vacina eficaz, a CoronaVac ainda vai precisar de uma aprovação da Anvisa para iniciar a vacinação. O governo paulista prevê que o início da vacinação possa ocorrer a partir de 15 de dezembro deste ano.

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O governador enfatizou que a vacina chinesa vem se mostrado segura, ou seja, os voluntários não apresentaram efeitos colaterais graves. “Até aqui, sem nenhuma colateralidade. Até aqui os testes da CoronaVac são positivos”, disse Doria.


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Segundo o coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, João Gabbardo, as duas primeiras fases de testagem da vacina também indicaram que sua eficácia é de cerca de 98%. Geralmente, para ser aprovada, uma vacina necessita minimamente ser 70% eficaz, mas a Anvisa estuda flexibilizar a aprovação da vacina se ela tiver ao menos 50% de eficácia.

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“O Ministério da Saúde, neste momento, fala em número superior a 50%. Se tivermos eficácia superior a 50%, a vacina poderá ser aprovada pela Anvisa. Os estudos que temos até o momento, de fases 1 e 2, apontam para eficácia em torno de 98%. Não tenho acesso ainda aos testes de fase 3 no Brasil. Para comparação, a vacina para Influenza [gripe] tem eficácia em torno de 90%”, disse Gabbardo.

O coordenador disse crer que a CoronaVac preenche todos os requisitos elencados pelo Ministério da Saúde para ser incorporada ao Programa Nacional de Imunização, tais como segurança, eficácia, prazo de desenvolvimento, produção em escala e preço razoável.

“Nós acreditamos que a vacina preenche todos os requisitos elencados pelo Ministério da Saúde para ser incorporada ao Programa Nacional de Imunizações”, disse Gabbardo.

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