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É preciso acreditar

Ouço que a temperatura vai disparar até o final de semana, coisas de 35/36 graus. Depois de vários dias de instabilidade, o tempo limpou na segunda-feira, o sol brilhou e foi possível encher o varal. O calor já tinha marcado presença antes mesmo da primavera e ali já se notou um fenômeno que ocorre sempre que o termômetro sobe: o encolhimento das roupas de verão que permanecem no armário.

Trata-se de algo fantástico que ainda não foi explicado pela indústria de móveis ou por especialistas do segmento. Roupas que até março/abril serviam com folga se tornaram uma espécie de camisa de força, dificultando os movimentos, causando desconforto, deixando à mostra o “excesso de músculos”.

O veranico de primavera também acarreta uma corrida às academias. Nota-se uma busca frenética no mercado por personal trainers que se veem obrigados a desdobrar a agenda para acomodar todos os potenciais clientes. Praças e parques subitamente são invadidos por legiões de atletas que, na maioria dos casos, sequer passaram por uma avaliação médica. Os riscos são grandes, mas a vaidade (e a pressa) fala mais alto.

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Os atletas de verão também são vistos com frequência nas praias. Correr à beira-mar, fazer exercícios puxados, acordar cedo, caminhar, adotar uma dieta mais regrada. Vale tudo para entrar em forma ou resgatar os conceitos de vida saudável. Na volta à rotina, no entanto, poucos perseveram. Os costumes consolidados engolem os objetivos de mudança. Alterar o dia a dia é muito mais complicado que parece.

 Apesar dos óbices do cotidiano, muita gente tem mudado seu dia a dia à mesa. Alguns cortaram a carne vermelha. Outras acrescentam frutas, verduras e legumes à mesa. E tem aqueles que apenas reduzem as porções na hora das refeições. São atitudes que podem se tornar definitivas, superando as tradicionais promessas de Ano Novo, quando somos invadidos pelo espírito renovador que em poucos dias se esvai.

 A chegada da primavera não traz consigo flores, perfumes e alergias. Para muita gente, carrega ventos de mudanças saudáveis que devem sempre ser apoiados. Traz, ainda, esperanças de saúde para os enfermos e de novidades alvissareiras para os mais de 13 milhões de desempregados. Acordar todos os dias sem perspectiva de atender às expectativas dos familiares é uma dor pungente. A frustração das entrevistas sem retorno, dos currículos entregues sem a esperada ligação telefônica e a mesmice do orçamento apertado são rotina de inúmeros chefes de famílias.

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 A primavera, com seus tons coloridos, pode ocasionar mudanças espontâneas ou golpes de sorte do destino. Confiar que é possível transformar a rotina está na raiz da sobrevivência, combustível da manutenção da esperança. Acredite, sempre!

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