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Corpo de Bombeiros está em alerta com afogamentos

Sepultado no início da noite de ontem, em Santa Cruz do Sul, Maiquel Ferreira da Silva, de 20 anos, foi o quarto a perder a vida em afogamentos ocorridos em Rio Pardo neste ano. Embora a morte tenha acontecido na Praia dos Ingazeiros, onde há presença de salva-vidas, ele estava em uma área sem demarcação para banho. A morte do rapaz levou o Corpo de Bombeiros a reforçar as dicas de segurança aos banhistas. Desde o início de novembro, já são três óbitos na área atendida pelos bombeiros de Rio Pardo, com um registro em Pantano Grande. 

Por volta das 19 horas de domingo, Maiquel se banhava nas proximidades da rampa de acesso dos barcos, no Rio Jacuí, quando teria caído em um buraco. O local estava fora da área demarcada por segurança. Ele foi retirado da água pelos salva-vidas, que ainda tentaram reanimá-lo, sem sucesso. O rapaz chegou a ser encaminhado ao Hospital Regional do Vale do Rio Pardo, mas não resistiu e morreu.

Ainda durante o fim de semana, também em Rio Pardo, uma mulher de 36 anos e o filho dela, de 8, precisaram ser resgatados pelos salva-vidas no Balneário Santa Vitória. Segundo os bombeiros, eles estavam a uma distância de aproximadamente 80 metros da guarita dos salva-vidas, numa área que não é sinalizada como própria para banho. Também nesse fim de semana, em Travesseiro, no Vale do Taquari, um homem de 37 anos morreu enquanto tentava resgatar a filha, de 8, no Rio Forqueta. A menina foi retirada da água com vida.

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O comandante dos bombeiros em Rio Pardo, tenente Dimas Gottardo, está em alerta. No município, além de Maiquel Ferreira da Silva, uma adolescente de 13 anos morreu afogada em 2 de dezembro, no Rio Pardo, e outros dois faleceram em janeiro e fevereiro. Em 5 de novembro, em Pantano Grande, Djunior Ferreira Lopes, 18, morreu durante pescaria em um açude. “Sabemos que infelizmente vão acontecer mais casos”, disse Gottardo.

FIQUE ATENTO

Salva-vidas

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  • Para quem vai se banhar em lugares onde há presença de salva-vidas, também é importante ficar atento ao horário. Em Rio Pardo, as praias dos Ingazeiros, Santa Vitória e Porto Ferreira contam com esse serviço das 9 às 12 horas e das 15 às 19 horas. Além disso, é essencial também respeitar as demarcações feitas pelos salva-vidas, para evitar áreas de risco. 

E se não tiver salva-vidas?

  • Embora a principal orientação seja frequentar balneários com salva-vidas, algumas dicas podem ser fundamentais para quem vai se banhar em locais sem esse serviço. Segundo os bombeiros, é possível obter mais segurança com algumas precauções. A primeira dica é só entrar na água com colete salva-vidas.
  • Ainda assim, pode-se adotar outras medidas auxiliares, como manter próximo ao rio uma corda ou garrafas pet vazias tampadas e unidas por uma corda ou fio resistente. Esses flutuantes podem ser lançados a alguma eventual vítima de afogamento. Eles só devem ser usados para salvamentos e não como substitutos do colete. 

Não se arrisque

  • Deixe nos bares próximos materiais como boias, coletes salva-vidas ou câmaras de pneus presos a uma corda. Taquaras cortadas, com cerca de sete metros, também podem ser usadas. 
  • O indicado é fazer o salvamento da margem, com uso desses materiais flutuantes, para não correr o risco de também se afogar. Sempre, em caso de afogamento, é importante pedir para que alguém acione o socorro imediatamente.

Paixão pela vida e pelo Inter

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A paixão que tinha pelo Internacional é uma das principais características lembradas pelos amigos do santa-cruzense Maiquel Ferreira da Silva, de 20 anos. Diversas mensagens de despedida foram publicadas em uma página do jovem, em uma rede social. Na mesma rede, no sábado, um dia antes do afogamento, Maiquel deixou a seguinte frase: “Vamos viver a vida, o amanhã só pertence a Deus”. Ele foi sepultado às 19 horas de ontem, no Bairro Arroio Grande.

DICAS

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Como agir

  • Nunca se banhe sozinho e não se arrisque. Vale a máxima: “água no umbigo é sinal de perigo” . 
  • Sempre faça uma análise do local. Saiba se tem pedras ou galhos no leito do rio que posam causar alguma lesão, ou deixar a pessoa presa. Observe se há correnteza.
  • Nunca nade contra a corrente. Você apenas vai se cansar e não sairá do lugar. Nade sempre a favor dela em sentido diagonal. Você irá se aliar à força da correnteza e sairá para um local seguro. Mesmo nadando por mais tempo. 
  • Não salte nem mergulhe no rio. Como as águas são turvas, não é possível saber o que há embaixo da água. Além de pedras e buracos, a correnteza pode arrastar troncos ou galhos.
  • Em qualquer lugar de banho, seja em rios, açudes ou lagoas, tenha consigo sempre equipamentos flutuantes, como câmaras de pneus ou garrafas pet. 
  • Nunca vá para a água após ingerir bebida alcoólica. O álcool reduz os reflexos e faz com que as pessoas percebam menos os riscos.
  • Utilize as águas para se refrescar e não para uma demonstração de força e habilidade.  Além de seguir as recomendações, procure orientar quem estiver passando dos limites. 

Com as crianças

  • Crianças só devem se banhar na companhia dos pais ou responsáveis. Elas não têm a mesma noção de perigo que os adultos. Qualquer descuido pode ser fatal. 

Em pescarias

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  • Use coletes salva-vidas, mesmo na margem da água. Em caso de uma queda, a cabeça será mantida fora da água. 

Em casos de afogamentos

  • Procure sempre manter a calma. Assim irá raciocinar melhor. Quanto mais se debater, mais cansado ficará e começará a engolir água. Se tiver uma cãimbra, tente boiar.

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