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Caso Marciele

Identificados os outros dois criminosos mortos em Sério

Cerco foi realizado entre Lajeado e Sério | Foto: Felipe Neitzke/ Jornal A Hora

Encontrados sem documentos, dois dos suspeitos mortos no combate que vitimou a brigadiana Marciele Renata dos Santos Alves, no interior de Sério, foram identificados na tarde desta quarta-feira, 27. Embora a Polícia Civil não tenha divulgado os nomes, a reportagem apurou que trata-se de Ezequiel Martins Ferreira e Euclides Carvalho Neto. O terceiro envolvido, Eloir Muniz Jandrey, de 50 anos, já havia sido reconhecido nessa terça-feira.

Segundo informações do Posto Médico Legal (PML) de Lajeado, o material genético dos suspeitos foi coletado nessa segunda-feira, e encaminhado para Porto Alegre para exame de papiloscopia, que analisa as impressões digitais. Ezequiel tinha 25 anos anos, era natural de Esteio e estava foragido da Justiça desde o último domingo, quando rompeu a tornozeleira eletrônica. Ele tinha passagens na polícia por roubo a estabelecimentos comerciais (em 2012 e 2013), roubo de veículos (2014) e homicídio (2015). Quando ainda era adolescente, em 2008, também foi apontando como o autor de dois roubos a pedestre.

Já Euclides tinha 31 anos, era da Capital e tinha antecedentes por furtos em residência, violação de domicílio e furto de veículo, todos ocorridos em Imbé e Balneário Pinhal nos últimos três anos. Eloir, por sua vez, era natural de Barros Cassal e residia em Venâncio Aires. Nessa segunda-feira, quando morreram ao tentar furar uma barreira policial, o trio estava sendo procurado por uma série de furtos de veículos cometidos em Venâncio nos dias anteriores. Um quarto criminoso, de 17 anos, também foi apreendido na ocasião.

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Conforme o delegado Márcio Moreno, que investiga o confronto, a investigação do caso tramita em sigilo, motivo pelo qual não revelou o nome dos criminosos. O prazo para o inquérito ser concluído é de 30 dias, mas ele afirma que deve remeter o documento à Justiça “o quanto antes”. Moreno destacou que a polícia de Lajeado investiga apenas o fato registrado no interior de Sério. Os roubos ocorridos em Venâncio Aires estão sendo investigados pela DP do município.

Audácia dos assaltantes cresce
Ontem, o delegado Márcio Moreno deu mais detalhes sobre as circunstâncias em que Marciele foi morta, em Linha Arroio Alegre. “Tivemos informação através do GPS da caminhonete de onde os criminosos estavam. Foi feita uma barreira, que foi ultrapassada com tiros e veículos. Pela forma como se encontrava posicionada a guarnição, infelizmente a policial acabou sendo atropelada, nesse avanço sobre a barreira”, comentou. O carro jogado contra os PMs foi uma Hilux, que havia sido roubada dias antes em Venâncio Aires. Ainda segundo Moreno, a atitude dos bandidos, que resultou na morte da soldado, é cada vez mais comum. “Infelizmente, os criminosos estão cada vez mais audaciosos e desrespeitando a vida dos policiais.”

Entenda o caso
Conforme a Brigada Militar, os criminosos que morreram formavam uma quadrilha que estava sendo monitorada após ter cometido uma série de roubos em Venâncio Aires. Na sexta-feira passada, eles haviam atacado uma chácara em Linha Bela Vista, onde renderam seis pessoas. Nessa segunda-feira, voltaram a agir em Venâncio, onde roubaram uma Hilux vermelha no Bairro Brands. O veículo foi abandonado em Passo da Cananéia.

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Mais tarde, o trio roubou uma outra Hilux, de cor prata, no Centro do município. O motorista foi levado como refém e liberado nas imediações da localidade de Linha 17 de Julho. Pelo GPS do veículo, o Setor de Inteligência da BM constatou que a Caminhonete seguia para o Vale do Taquari fazendo o contorno pelo interior de Boqueirão do Leão, acompanhada de um Celta preto, que fazia a função de batedor.

PMs de toda a região foram acionados e montaram barreiras em uma estrada entre Lajeado e Sério, perto da localidade de 7 de Setembro. Em dois trechos houve confronto com os criminosos. Em um deles, houve troca de tiros com os ocupantes do Celta. No outro, o tiroteio envolveu os ocupantes da Hilux, que tentaram furar a barreira jogando o veículo por cima da guarnição, da qual a soldado Marciele fazia parte. Além da policial, os três criminosos morreram e um adolescente foi apreendido dentro do Celta.

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