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Assassinato

Polícia investiga motivo de crime entre irmãos em Sinimbu

Foto: Rafaelly Machado

Crime deixou a comunidade em choque. Na hora da despedida a Valdevino, sentimento reinante era de indignação com a perda

A Polícia Civil investiga a motivação de um assassinato entre irmãos, ocorrido na madrugada dessa quinta-feira, 30, que chocou os moradores de Linha Carvalho, interior de Sinimbu. Valdevino Moura de Lima, 35 anos, foi assassinado a golpes de machado por um irmão de 25 anos. Um outro irmão da vítima contou à polícia que dormia e acordou com o barulho do golpes, que estavam na mesma residência.

A testemunha ocular relatou que o mais jovem passou a bater no familiar com um machado. Lima não resistiu aos ferimentos e morreu. Em seguida, o autor do assassinato fugiu em direção ao município de Herveiras. A Brigada Militar deslocou guarnições de cidades próximas na busca pelo acusado. Por meio de informações do Setor de Inteligência da BM, policiais da Patrulha Comunitária do Interior localizaram o homem na RSC-153. Ele confessou o crime, foi preso e conduzido à Delegacia de Polícia de Sinimbu para registro do caso e depoimento.

LEIA MAIS: Homem é assassinado a machadadas após desentendimento familiar

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De acordo com o delegado Alessander Zucuni Garcia, o jovem de 25 anos admitiu a autoria. A Polícia Civil continua investigando o caso e pretende ouvir testemunhas na próxima semana. A ideia é verificar se haveria um motivo específico para o assassinato – o que não ficou claro no depoimento do acusado. Ele e a vítima não tinham antecedentes criminais.

O autor do homicídio foi liberado para responder em liberdade e o nome dele é mantido em sigilo. De acordo com familiares da vítima, o autor é morador de Santa Cruz do Sul e usuário de drogas – cocaína e maconha. Ele teria ido até a casa dos irmãos no fim da tarde dessa quarta-feira para ajudar na lavoura. A família se organizava para preparar os canteiros para a próxima safra de tabaco.

“Era mais que um amigo, era como um filho”

Os atos fúnebres de Valdevino Lima ocorreram na tarde dessa quinta – sem padre, devido às restrições da Covid-19 –, na capela da Comunidade do Divino Espírito Santo, já na área de Rio Pardinho. Inconformado com o perda do cunhado, Sebastião Jorge Pimenta, 41 anos, disse acreditar na justiça divina. “Valdevino era um homem muito bom, trabalhador. Morávamos na mesma propriedade, um ao lado do outro. Para mim era mais que um amigo, era como um filho.”

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Sebastião e Valdevino estreitaram a amizade há cerca de um ano e oito meses, quando Lima voltou à localidade após ser demitido de uma indústria em Santa Cruz do Sul, na qual trabalhou por mais de uma década. Desde então eles eram sócios na lavoura de tabaco.

“Nesta quinta-feira, nós começaríamos a preparar a terra para a próxima estação e na sexta iríamos comemorar o início da nova safra e o aniversário de outro irmão do Valdevino. Deus também precisa de gente boa ao lado, não é? Valdevino era tudo de bom, foi uma perda grande. Mas a justiça vai ser feita.” Nas horas vagas, os dois convidavam amigos para jogar futebol e pescar.

João de Moura, 23 anos, tinha no irmão uma referência. Com a perda da mãe, Doraci de Lima, 54 anos, vítima de um câncer no útero, há cerca de três semanas, Valdevino tornou-se o esteio da casa. “Aprendi muita coisa com ele. A dar valor ao trabalho, a cuidar da família. Ainda não consigo acreditar no que aconteceu.” Valdevino Moura de Lima deixa enlutados os irmãos, a filha Gabriela, de 5 anos, e vários amigos.

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Valdevino foi morto a golpes de machado

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