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Incertezas

Pandemia atrasa articulações para a eleição em Santa Cruz

Começou nessa quinta-feira, 4, a contagem regressiva de quatro meses para a data prevista para a eleição municipal de 2020. No entanto, as incertezas sobre quando de fato ocorrerá a votação, em função da pandemia do novo coronavírus, mantêm nebuloso o cenário da disputa pela sucessão do prefeito Telmo Kirst (PSD) em Santa Cruz do Sul.

As articulações ganharam novos ingredientes nessa quinta-feira, com o afastamento do secretário de Saúde Régis de Oliveira Júnior e do presidente da Associação de Entidades Empresariais (Assemp) Léo Schwingel, ambos filiados ao PSD. Com isso, eles ingressaram oficialmente no rol de possíveis nomes para o pleito, já que essa quinta era o prazo para quem pretende concorrer ao Executivo se licenciar de funções públicas. Régis, porém, diz que outros nomes são considerados para representar o grupo governista, que tem o apoio garantido de outros três partidos – DEM, Cidadania e Republicanos.

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Enquanto na situação as possibilidades de candidaturas vão se afunilando aos poucos, na oposição o cenário ainda é difuso. Pelo menos 11 legendas têm pré-candidatos ao Palacinho, mas a tendência é que, com o avanço das negociações de alianças, o número de prefeituráveis reduza.

Em uma das frentes, siglas que deixaram o governo Telmo, como PP, MDB, PDT e PSDB, tentam buscar uma composição de consenso, mas isso esbarra nas pretensões particulares de cada legenda – tanto PP quanto MDB, por exemplo, não abrem mão da cabeça de chapa. Em outra ponta, PTB e PSB seguem em sintonia, mas evitam bater o martelo sobre uma chapa formada por Mathias Bertram e Fabiano Dupont.

Outra situação pendente é a do PL, que integra a base do governo, mas insiste na candidatura do presidente da Câmara Elstor Desbessell. De todos os partidos, o Novo é o único que já tem chapa definida. A disputa também pode contar com a participação de siglas como PT, PSTU, PSL e Solidariedade.

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A definição sobre a data em que a eleição ocorrerá depende do Congresso Nacional. Tudo indica que, ao invés de 4 de outubro, a votação ocorrerá em 15 de novembro ou 6 de dezembro.

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A situação de cada sigla

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PSD – O partido do prefeito Telmo Kirst deve encabeçar a chapa do grupo governista. A saída do secretário de Saúde Régis de Oliveira Júnior e do presidente da Assemp Léo Schwingel nessa quinta fez aumentar as especulações em torno deles. Segundo Régis, porém, outros nomes são considerados, incluindo o empresário Ido Dupont e os ex-secretários Jeferson Gerhardt e Gérson Vargas.

DEM – Deve apoiar o futuro candidato governista. Segundo o presidente Zeno Assmann, a ideia é “manter a aliança com o grupo que está administrando o município”.

Cidadania – Deve apoiar o futuro candidato governista. De acordo com o presidente Ernesto Doerr, essa decisão “já está tomada”. “Vamos permanecer, independente de quem venha como candidato”, disse.

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Republicanos – Deve apoiar o futuro candidato governista. Conforme o presidente Marcelo Corá, embora disponha de “nomes qualificados”, o partido não irá exigir presença na chapa majoritária. “Queremos consenso”, disse.

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PL – Embora integre a base de Telmo, o partido condiciona a manutenção do alinhamento à indicação do presidente da Câmara Elstor Desbessell como candidato a prefeito. Segundo o presidente Raul Henn, se Desbessell não for o candidato, não haverá acordo. Questionado sobre a possibilidade de Desbessell ser vice, ele disse considerar isso “muito difícil”.

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MDB – Mantém a pré-candidatura do vereador Alex Knak. Segundo ele, o partido vem conversando principalmente com PDT, PSL e PP em busca de um nome para vice. Um deles é o vereador Hildo Ney Caspary (PP). Para Knak, uma composição com o progressista “seria uma coligação muito forte”. A ideia, porém, enfrenta resistência em outros setores do PP.

PP – Pretende realizar prévias para decidir o seu candidato entre três nomes: a vice-prefeita Helena Hermany, o ex-secretário Henrique Hermany e o vereador Hildo Ney Caspary. Conforme Henrique, que é presidente da sigla, Helena é “o nome natural” e “só não concorre se não quiser”. Apesar da aproximação entre Hildo Ney e Alex Knak (MDB), Henrique descarta a possibilidade de os progressistas abrirem mão de encabeçar uma chapa.

PTB – O partido tem o vereador Mathias Bertram como pré-candidato a prefeito. Segundo o presidente Marco Borba, há conversas em andamento com outras siglas. Uma delas é o PSB. Questionado sobre uma eventual chapa com Bertram e Fabiano Dupont (PSB), respondeu: “Seria uma possibilidade, mas ainda tem muita água para rolar.”

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PSDB – A sigla tem três pré-candidatos à eleição majoritária – os vereadores Carlão Smidt e César Cechinato e o ex-vereador Paulo Jucá – e não descarta compor como vice em uma chapa. Conforme Cechinato, há conversas com diversas frentes.

PDT – O partido mantém a pré-candidatura do vereador Bruno Faller, mas também conversa com outros partidos.

Novo – É o único partido com chapa fechada para a eleição majoritária: o médico Carlos Eurico Pereira concorrerá a prefeito e o advogado e contador Paulo Bigolin será o vice. Será a primeira participação da legenda em uma eleição municipal em Santa Cruz.

PSL – Já fechou questão em torno do nome do major aposentado da Brigada Militar Ivan Keller para concorrer a prefeito. Mantém conversas com outras siglas, mas está inclinada a ir às urnas sem coligação.

PSB – A sigla mantém a pré-candidatura de Fabiano Dupont, que ficou em terceiro lugar em 2016, porém conversa com outras frentes, entre elas o PTB. Questionado, Dupont admitiu a possibilidade de concorrer como vice. “Até pode acontecer, mas só em um projeto que seja para melhorar Santa Cruz”, disse.

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PT – Após o desempenho fraco em 2016, a legenda pretende lançar candidato próprio a prefeito novamente. Segundo o presidente Frederico Barros, alguns nomes já são sondados. A discussão deve avançar até o dia 5 de julho, para quando está previsto o encontro municipal da legenda.

PSTU – O partido já manifestou intenção de disputar mais uma vez a Prefeitura. Procurado ontem à tarde, o presidente Afonso Schwengber, que concorreu em 2016, não retornou à reportagem.

Solidariedade – Após a intervenção estadual que destituiu a antiga direção, a sigla desembarcou do governo Telmo Kirst e agora pretende lançar o ex-vereador Irton Marx como candidato a prefeito.

TSE autoriza convenções virtuais

Por unanimidade de votos, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou os partidos políticos a realizarem convenções partidárias por meio virtual para definição dos candidatos e alianças que disputarão as eleições deste ano. A decisão foi tomada a partir de uma consulta formulada pelo deputado federal Hiram Manuel (PP-RR), em razão das orientações de distanciamento social.

O prazo previsto no calendário eleitoral para realização de convenções vai de 20 de julho a 5 de agosto. Os partidos terão autonomia para escolher a plataforma por meio da qual os encontros serão realizados.

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