Uma das obras mais aguardadas pelos santa-cruzenses, a primeira Unidade de Pronto-Atendimento do município ainda não tem data definida para entrar em funcionamento. Embora o prédio que irá abrigar a estrutura no Bairro Esmeralda já esteja finalizado, a Prefeitura ainda negocia com o Estado e a União a liberação de dinheiro para equipá-lo e avalia qual modelo de gestão será adotado. A meta é abrir as portas ainda neste ano.

Com atividades 24 horas e previsão para realizar até 150 atendimentos por dia, a UPA foi concebida para absorver a demanda da zona sul e desafogar os plantões do Centro. A Secretaria Municipal de Saúde estima que o custo mensal de manutenção da unidade chegará a pelo menos R$ 500 mil. Devem ser contratados entre 20 e 30 médicos para cobrir a escala, mas a equipe também terá assistente social, farmacêutico, nutricionista, vigilante, administrativo e outros. Já o prédio de 960 metros quadrados, erguido em um terreno entre as ruas Carlos Swarowsky e Taquara, custou cerca de R$ 1,8 milhão.

Um dos impasses que adiam a inauguração envolve os equipamentos. Embora a secretaria já tenha pré-concluído um edital de licitação para compra dos aparelhos, cujo custo é de cerca de R$ 1,5 milhão, faltam os recursos. Até agora, o Município dispõe de R$ 500 mil que foram liberados em maio do ano passado pelo Estado. Na mesma época, o governo federal sinalizou com um aporte de R$ 200 mil, mas o repasse não se confirmou. Outros R$ 600 mil da União são aguardados desde 2013, sem previsão.

Além disso, o governo também precisa definir como a UPA será administrada e custeada. Em tese, o custeio deveria ser tripartite, ou seja, repartido entre município, Estado e União. Conforme o secretário Henrique Hermany, porém, o fato de tanto o Estado quanto a União estarem represando pagamentos às prefeituras leva o Palacinho a adotar uma “posição de cautela”.