O aumento da diversificação nas propriedade rurais mudou na última década o panorama quanto a à geração de renda entre as famílias nas áreas de produção de tabaco. Levantamento desenvolvido pelo departamento de Pesquisa e Estatística da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) mostra que na safra de 2005/2006 o fumo contribuía com 73% da renda das propriedades, a produção animal com 16% e a vegetal com 11%. No ciclo 2013/2014 a participação do tabaco na renda familiar total baixou para 53%, enquanto a produção animal aumentou para 26% e a agrícola para 21%.
Já a área de cultivo de fumo oscila de acordo com a oferta e a demanda, com redução de 17,3% neste período. O percentual em volume de produção caiu 16,8%. “Isso quer dizer que tivemos um aumento de produtividade por hectare, o que representa ganho para o produtor”, explica o presidente da Afubra, Benício Werner. O dirigente afirma que o aumento da diversificação de atividades torna as propriedades ainda mais sustentáveis e traz mais segurança ao produtor diante da redução do consumo de cigarros nos últimos anos e, em consequência, a possível queda na demanda pelo tabaco no futuro.
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O agricultor Flávio Stumm, de 47 anos, começou a investir em uma nova fonte de renda há sete anos. A esposa Lovane, 42 anos, trouxe a ideia sobre o plantio de moranguinhos após conhecer as técnicas de cultivo durante a Expoagro Afubra, no parque em Rincão Del Rey, no município de Rio Pardo. Atualmente o casal conta com oito na propriedade de 10,3 hectares e Linha Progresso, no interior de Vera Cruz. Há dois anos também há o cultivo de tomate. A produção sai da propriedade já embalada, com a entrega diretamente na casa dos consumidores. Flávio afirma que nem sempre consegue atender toda a demanda. A família chegou a plantar 90 mil pés de tabaco e no próximo ciclo está previsto o cultivo de 50 mil.
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