Realizada na última sexta-feira, 26, a 7ª Conferência Municipal da Saúde de Venâncio Aires foi definida as prioridades locais para a área da saúde em nível de Município, Estado e País. Os debates, no entanto, que deveriam destacar o fortalecimento das políticas públicas, ficaram centrados em torno do financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Com atrasos mensais de R$ 750 mil no repasse dos recursos do Estado, Venâncio Aires soma quase R$ 3 milhões em recursos a receber nos últimos três meses e os profissionais demonstram preocupação em manter os serviços à população.

Após a leitura e votação do regimento da Conferência, o público reuniu-se em torno de nove eixos temáticos, todos relacionados à educação e ao SUS. Apesar das dificuldades financeiras, o grupo governista ressaltou a importância do atendimento humanizado e as possibilidades de fazer saúde com ampliação de foco na prevenção e atenção básica.  

A síntese das discussões da Conferência Municipal da Saúde, que ocorre de quatro em quatro anos, será levada para nível de Estado, de 18 a 20 de julho, em Porto Alegre. A coordenadora da Conferência, Rosangela Ellert, destacou a preocupação com o financiamento público da saúde, pois enquanto o Município ultrapassa muito os valores constitucionais de investimento, Estado e União não aplicam o mínimo de 12 e 10%.

Da Conferência venâncio-airense, nove delegados foram eleitos para representar a capital do Chimarrão no evento gaúcho. No âmbito municipal, seis tópicos também foram eleitos como prioritários para desenvolvimento na rede nos próximos quatro anos:  Educação Permanente; fortalecimento da relação rede x gestão; investimento na Saúde do Trabalhador; criação de protocolos para fortalecer o atendimento na atenção básica, evitando encaminhamento para especialidades; ampliação do acolhimento humanizado e divulgação das ações diárias.