O episódio do motociclista flagrado a 118 quilômetros por hora na movimentada Avenida Independência, há cerca de duas semanas, levantou a discussão sobre a ousadia de motoristas em pleno espaço urbano. Com velocidade muito superior à máxima permitida no trecho, que é de 40 quilômetros por hora, a infração resulta, além de multa, na suspensão do direito de dirigir para o condutor. Na esteira desse processo, dados do  Setor de Fiscalização da Secretaria Municipal de Transportes e Serviços Públicos indicam que desde a implantação do radar móvel, período que compreende 1º de janeiro a 31 de julho, foram aplicadas 2.375 multas. 

Conforme o coordenador do setor, Edson Kern, desse montante, apenas 38 multas – 1,6% – representam autuações por tráfego com velocidade acima de 50% da máxima permitida, como o caso do motociclista. Já o número de registros de motoristas que trafegaram com velocidade superior entre 20% e 50%  totaliza 422 (17%). Por fim, foram 1.915 autuações (80%) de condutores correndo acima do limite em até 20%. Atualmente, o radar móvel é utilizado pelos fiscais de trânsito nas vias que estão devidamente sinalizadas na área central, nos bairros e também no trecho municipalizado da BR-471. Segundo Kern, apesar do alto índice de autuações, o cenário apresenta quedas – em especial na rodovia. 

“Quando iniciamos com o radar, em duas horas eram registradas até 80 multas. Hoje, no mesmo período e trecho, se faz cerca de dez”, comenta. Em Santa Cruz, as vias que mais recebem o equipamento são as avenidas Paul Harris, Euclydes Kliemann, Independência e João Pessoa. Em todas elas, a velocidade máxima permitida é 40 quilômetros por hora, exceto na Independência, onde também há trechos de 30 quilômetros. Já no perímetro urbano da BR-471 e no Acesso Grasel, os condutores não podem ultrapassar os 60 quilômetros. 

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