Durante apresentação dos relatos de viagem das venâncio-airenses Ana Cláudia do Amaral Teixeira, Daiana Nervo e Niciane Kaulfuss à China, ocorrido na manhã de sexta-feira, 1º de julho, na sala de reuniões da Prefeitura, o prefeito Airton Artus assinou correspondência à embaixada chinesa no Brasil, confirmando à disposição da Capital do Chimarrão de iniciar processo de construção de “Cidade de Amizade” com o município chinês de Fuzhou, localizado na província de Fujian, República Popular da China. Com o estabelecimento de “Cidades de Amizade” ou “Cidades-Irmãs”, Venâncio Aires e Fuzhou poderão estabelecer acordos comerciais, culturais, intercâmbios estudantis e outras relações de ganho mútuo.

Na presença de secretários municipais, vereadores, representantes empresariais e imprensa, as enviadas do Governo Municipal e da empresa China Brasil Tabacos falaram sobre os seminários que participaram a convite do Governo Chinês. O primeiro para a construção de Cidades-Irmãs e outro sobre cultura chinesa para brasileiros. O trio destacou a intenção de aproximação do governo chinês, a política de cooperação com países amigos e as curiosidades referentes à cultura, política e economia.

Ao apresentarem um panorama econômico e social da potência asiática que, em poucos anos, tornou-se a segunda maior economia do mundo, o grupo aprofundou o debate a respeito das estratégias chinesas que contribuíram para fazer o país crescer muito além dos patamares mundiais.

Com relação às “Cidades-Irmãs”, as representantes do município destacaram que é prática chinesa com vários países o estabelecimento dessa relação. No entanto, no Brasil, são apenas três ou quatro cidades que já avançaram no processo. Para essas cidades, a China propõe intercâmbio cultural, estudantil e inclusive vantagens comerciais, como isenção de impostos de importação de matéria-prima.

O prefeito Airton Artus, que também já participou de visita oficial à China, destacou que o assunto pode ser polêmico para alguns setores, especialmente no que se refere ao intercâmbio comercial. No entanto, para ele não é possível se esconder ou omitir-se diante da China. “Eles são uma grande economia e detém um terço da população do mundo. Essa relação pode sim ser muito importante para nós. Podemos sair na frente de outras cidades na hora de investimentos”, destacou.

Durante a apresentação, o grupo acordou ainda que novos representantes locais devem participar dos seminários promovidos pelo governo chinês. Anualmente são dezenas de eventos buscando a divulgação da cultura chinesa e o intercâmbio entre localidades.

Após o encaminhamento da correspondência protocolar para a formação de cidades-irmãs, a Administração de Venâncio Aires aguarda a manifestação da Embaixada e do governo de Fuzhou. Apesar de contar com mais de uma centena de cidades-irmãs em todo o mundo, cada formação pode demorar até cinco anos, pois depende da aprovação legislativa nos dois países, de reuniões preliminares e eventos comuns no Brasil e na China.