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Empregos

Geração de vagas perde força em Santa Cruz do Sul

Pela primeira vez desde 2007, Santa Cruz do Sul fechou os primeiros nove meses do ano com saldo negativo na criação de postos de trabalho com carteira assinada. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados esta semana mostram que, mesmo com menos intensidade que outras localidades, o município vem sentindo os efeitos da crise econômica brasileira.

Entre janeiro e setembro, Santa Cruz registrou 137 demissões a mais do que contratações. Embora a queda na empregabilidade no segundo semestre seja uma realidade histórica devido à dispensa dos trabalhadores temporários nas empresas de tabaco, o comparativo com anos anteriores deixa claro que a geração de empregos vem perdendo força. 
Entre os fatores que pesaram para esse desempenho estão a quebra na safra de tabaco, que reduziu a demanda por safreiros. 

O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Fumo e Alimentação (Stifa) estima que foram entre 2,3 mil e 2,5 mil contratos a menos, na comparação com o ano passado. “A nível de chão de fábrica, as empresas estão no limite, não tem mais onde demitir. Muitas usinas sequer chegaram a operar no turno da noite”, diz o presidente da entidade, Sérgio Pacheco. Além disso, as dispensas começaram mais cedo. De acordo com Pacheco, enquanto em anos anteriores os safreiros trabalhavam por cinco ou seis meses, desta vez alguns permaneceram por menos de dois meses. 

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Outro setor que teve retração na geração de vagas foi o de serviços. Já o comércio teve saldo negativo, mas inferior ao do mesmo período de 2015. “É natural não estarmos como gostaríamos de estar. Santa Cruz não é isolada do País. Os empresários estão se restringindo a contratar o necessário, e a cada mês reavaliando essa necessidade. Esperamos amenizar um pouco com as contratações temporárias de fim de ano”, observou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Lauro Mainardi Júnior.

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ONDE ENCONTRAR VAGAS

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Uma das formas de descobrir oportunidades de trabalho é por meio do FGTAS/Sine, que faz intermediação de mão de obra sem custo. Na página do órgão na internet (www.fgtas.rs.gov.br), uma relação de vagas disponíveis por município é atualizada diariamente. Ontem à tarde, por exemplo, havia 14 vagas abertas para dez funções em Santa Cruz. Cuidado: existem páginas falsas que utilizam indevidamente o nome do Sine e divulgam informações sobre vagas que não existem.

Se encontrar alguma vaga de seu interesse, o caminho é procurar o quanto antes a agência do Sine – que fica na Rua Marechal Floriano, em frente ao Clube Aliança. É preciso levar junto a carteira de trabalho. A agência abre às 8 horas, de segunda a sexta, e a orientação é chegar cedo, já que o atendimento é feito por meio da distribuição de fichas.

Outra alternativa é acompanhar as seleções realizadas diretamente pelas empresas. Algumas divulgam as vagas em seus sites ou por meio das redes sociais. No caso do comércio, ainda é comum ver avisos de vagas nas fachadas das lojas. 

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Não esqueça de ficar atento às oportunidades que são divulgadas na seções de classificados dos jornais. Na Gazeta do Sul, a publicação ocorre às terças, quintas e sábados.

No caso de funções públicas, as seleções são feitas por meio de concursos. É possível encontrar informações sobre editais no Portal Gaz (www.gaz.com.br), na aba Notícias > Concursos.

Para quem é estudante à procura de estágio, é importante prestar atenção nos murais de sua escola ou faculdade, ou então diretamente nas empresas.

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COMO SE PREPARAR

Segundo a coordenadora municipal do FGTAS/Sine, Fabiana Krainovic Landesvatter, as empresas têm sido mais criteriosas nas contratações. Formação e experiência prévia são cada vez mais exigidos. Por isso, é importante buscar vagas que sejam adequadas ao seu perfil.

Um dos caminhos para aumentar as chances de conseguir uma vaga é justamente buscar qualificação. Uma das alternativas são os cursos técnicos do Senac e Senai. Além disso, há boas oportunidades de cursos gratuitos na internet. Outra dica é manter o currículo atualizado e, nas entrevistas, sempre dizer a verdade

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Secretário crê em retomada de contratações

Mesmo com o tombo na empregabilidade, Santa Cruz ainda aparece bem posicionada na comparação com outros polos econômicos do Rio Grande do Sul. Ainda que negativo, o saldo foi melhor que o de cidades como Porto Alegre (-11.119 vagas), Caxias do Sul (-4.138), Pelotas (-2.178), Passo Fundo (-654), Canoas (-254) e Santa Maria (-150). Já Lajeado, no Vale do Taquari, obteve um desempenho ligeiramente superior (-85).

Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Leo Schwingel, isso mostra que, apesar da crise, Santa Cruz se mantém com “vitalidade econômico-financeira”. Conforme ele, a expectativa é de que as vagas temporárias do comércio no fim de ano compensem a perda de postos na indústria. 

Além disso, a expectativa para o próximo semestre é positiva, inclusive com perspectiva de retomada de contratações. “Tenho visitado muitos empresários e há um otimismo em relação ao futuro. As empresas que precisavam fazer adequações já fizeram”, afirma.

No primeiro semestre, Santa Cruz, assim como a vizinha Venâncio Aires, apareceu entre os cinco municípios que mais empregaram no País, de acordo com o Ministério do Trabalho.

Desempregados já chegam a 12 milhões no País, aponta IBGE

A população desempregada no Brasil atingiu no mês passado a marca de 12 milhões de pessoas. O crescimento no volume de desocupados no período de julho a setembro foi de 3,8% – o equivalente a 437 mil pessoas – em relação ao período de abril a junho. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de ocupação da população brasileira caiu a 54%, o que representa o pior índice da série histórica da pesquisa iniciada em 2012. São 89,8 milhões de pessoas ocupadas, uma redução de 1,1% em relação ao trimestre anterior (menos 963 mil pessoas) e de 2,4% ao mesmo trimestre do ano passado (menos 2,3 milhões pessoas). Segundo o IBGE, é a primeira vez desde o segundo trimestre de 2013 que a população ocupada fica abaixo dos 90 milhões.

Por outro lado, conforme a mesma pesquisa, o rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos fechou setembro em R$ 2.015,00, uma alta de 0,9% frente aos R$ 1.997,00 pagos no trimestre de abril a junho.
Comparativamente ao mesmo trimestre do ano passado, quando o salário médio real habitualmente recebido era R$ 2.059, houve queda de 2,1%.

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