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Novas empresas dão mais fôlego à economia santa-cruzense

Se por um lado alguns empresários adotaram prudência para investir nos últimos dois anos, em razão da crise financeira nacional, outros aproveitam o momento para expandir seus negócios. Ao circular pelas principais ruas de Santa Cruz do Sul, a quantidade de novas empresas chama atenção. Pelo menos dez estão em fase de obras ou inauguração. 

A geração de empregos decorrente desses empreendimentos deve dar fôlego à economia local. Só três deles já vão gerar  63 vagas de trabalho, o equivalente a quase a metade do saldo de demissões dos nove primeiros meses do ano, que chegou a 137 segundo o Caged (descontadas as contratações). Considerando os demais empreendimentos, novas portas devem se abrir para quem perdeu seu emprego recentemente.

Um dos empresários que apostaram na crise para ampliar sua atuação no mercado local é Milton José Armborst, de 54 anos. Um dos sócios do Super Alegria, abriu a terceira filial – duas ficam em Santa Cruz e uma em Vera Cruz – nesta semana, na Rua Assis Brasil. “O bom momento para investir é quando o País está em baixa. Assim, quando a economia começar a retomar, o investimento estará finalizado e pronto para competir no mercado”, avalia. “A gente vinha se preparando para isso há uns três anos, aí surgiu a oportunidade desse ponto bom, em um prédio central.  Estávamos com uma demanda bastante grande na outra loja também. Com esse novo mercado, conseguimos dar um atendimento melhor para o cliente.” Somente para a empresa dele, 55 funcionários foram contratados e a tendência é que o número cresça.

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Victor Kaminski, 48 anos, é outro empresário que está expandindo seus negócios, este no ramo de revenda de automóveis. Com uma loja instalada há quase 20 anos no Bairro Senai, agora aposta no investimento que vai inaugurar neste sábado, na Rua São José, para conquistar um novo público. “É o momento para criar alternativas de driblar a crise. Se está difícil com um ponto, entendo que com dois talvez consiga atender melhor os clientes. A loja que temos na Avenida Gaspar Bartholomay é um ponto tradicional, mas distante das demais revendas. Então, como os aluguéis estão baixos, resolvi investir em uma loja aqui também”, contou. 

O potencial econômico de Santa Cruz também tem atraído grandes redes, de outras regiões do Estado e do País. O município é considerado um polo e um bom local para se investir. Gerente do Centro de Pinturas Renner, que se instalou na semana passada na esquina das ruas Ernesto Alves e 28 de Setembro, Lucas Pereira afirmou que a condição financeira da cidade pesou na escolha. Segundo ele, a meta dos empresários é abrir mais seis lojas em até cinco anos; por isso, outros municípios da região não foram descartados da rota de investimentos.


Pereira: condição de polo financeiro atraiu empresa de tintas
Foto: Bruno Pedry

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Momento já é de otimismo entre empreendedores

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Leo Schwingel, o ambiente de negócios em Santa Cruz é promissor, apesar de a empregabilidade estar inferior ao mesmo período do ano passado. “O que se percebe é que há um ambiente de otimismo entre os empreendedores, tanto no caso de empreendimentos imobiliários como também na indústria. Ainda é um momento de cautela, mas o que se observa é uma retomada da confiança dos empreendedores”, avaliou. 

Schwingel também acredita que Santa Cruz tem atraído investidores de fora pela situação econômica e localização, já que está na região central em relação a outros municípios economicamente mais fortes do Estado. O presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz, Ário Sabbi, reforçou que o município vive um momento diferenciado em comparação a outros do Estado. “E todo momento é bom para se investir quando se tem o empreendimento certo”, acrescentou.

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Mais inscrições para alvarás

De acordo com o secretario municipal da Fazenda, Álvaro Conrad, entre 2 de janeiro e sexta-feira, a pasta recebeu 707 inscrições para solicitar alvará de funcionamento. Do total, a maioria (243) foram microempresas, seguidas por microempreendedores individuais (223), sem enquadramento (117), autônomos (89) e empresas de pequeno porte (21). O restante seria de clubes e associações (11), cooperativas (1) e empresas de porte grande (1) e médio (1).  Além da Centro de Pinturas Renner, que tem lojas em Santiago, Santa Maria e Ijuí, e das santa-cruzenses Kaminski Veículos e Super Alegria, está prevista a abertura de mais um estabelecimento do Mercado, Açougue e Fruteira Terra Nostra, de uma filial da rede de autopeças Zé Pneus, uma filial da rede de postos Sim e uma da rede de supermercados Dia. Novos bares e uma choperia também serão inaugurados até o fim do ano na Avenida do Imigrante.

NÚMEROS

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63 empregos serão gerados com a abertura de apenas três empreendimentos.

10 é o número de empresas que estão em fase de instalação ou inauguração em Santa Cruz.

707 inscrições para solicitar alvará já foram realizadas neste ano na Secretaria Municipal da Fazenda.

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