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Santa Cruz

Ana Nery dobrará capacidade da radioterapia

O Hospital Ana Nery terá um segundo bunker em 2017, o que dobrará a capacidade do setor de radioterapia do Centro de Oncologia Integrado (COI), através de um acelerador linear mais rápido e eficaz. Ainda haverá uma licitação e as obras devem começar em abril, sem data prevista de conclusão.

O projeto foi iniciado em 2013, quando o Ministério da Saúde selecionou unidades de saúde para receber bunkers e cerca de 80 equipamentos da empresa norte-americana Varian para a estrutura, com investimento de R$ 7 milhões. O prédio com características especiais – paredes de dois metros de espessura – abriga um acelerador linear, que permite concentrar doses maiores de radiação sem comprometer órgãos adjacentes ao tumor. Por dia, até cem pacientes realizam tratamento atualmente. Para consulta, são 60 novos pacientes por mês. 

As entidades tiveram que se inscrever no processo de seleção e atender aos pré-requisitos do projeto para serem contempladas. O Ana Nery já realizou a construção da infraestrutura de apoio que circundará o novo bunker, em contrapartida ao investimento federal. “O hospital se compromete a disponibilizar todo o quadro de funcionários e recursos humanos necessários para gerenciar e executar o operacional deste serviço”, afirma o diretor executivo do hospital, Gilberto Gobbi. 

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Por sua vez, a administradora do Centro de Oncologia Integrado, Roberta Rauber, salienta a atenção diferenciada que os pacientes irão receber. “A humanização é uma das nossas referências.”
O COI contou com o acréscimo de um ambulatório de 384 metros quadrados em 2014. No ano passado ele recebeu mais uma parte na Unidade de Internação Pinheiros, para expandir a capacidade de atendimento, que chega a 95% pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na quimioterapia, são 1,1 mil pacientes. A equipe é composta de 25 médicos, com diversidade de especialistas. 

O teto financeiro mensal é de R$ 1 milhão, valor defasado em relação ao aumento nos custos. O valor repassado pelo governo não é reajustado há uma década. “Não temos problemas no atendimento, a estrutura é qualificada, mas o preço dos medicamentos aumentou, os utensílios empregados ficaram mais caros e não recebemos maiores recursos. O valor segue o mesmo. O valor médio deveria ser o dobro”, revela Gobbi.

Aapecan

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Em Santa Cruz, a Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan) está sediada na Rua Dorval Martins, 249, Bairro Ana Nery. Atende os Vales do Rio Pardo e Taquari, as regiões Carbonífera e Centro-Serra. Conta atualmente com cerca de 1,3 mil cadastros. O paciente recebe apoio psicológico, equipamentos, alimentos e suplementos, sem custo. “Muitas pessoas vêm de fora e precisam de um local para se hospedar em Santa Cruz do Sul durante períodos de tratamento no hospital. Temos grupo de apoio, oficinas de artesanato e acompanhamento psicológico”, explica a psicóloga Grasiela Kappaun.

RS concentra as cidades campeãs de casos

Os tipos mais comuns de câncer são de pele (na cabeça e pescoço), mama, próstata e pulmão. As principais causas do desenvolvimento de tumores são a genética, má alimentação, sedentarismo, exposição ao sol, álcool e cigarro. Se as políticas públicas de prevenção, detecção e tratamento não forem aprimoradas, o câncer se tornará, em 2029, a principal causa de mortalidade no Brasil, superando as doenças cardiovasculares, como enfarte e AVC. 

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Essa é a conclusão de um estudo feito pelo Observatório de Oncologia, plataforma de análise de dados da Associação Brasileira de Leucemia e Linfoma (Abrale). O Rio Grande do Sul é o Estado com o maior número de municípios onde o câncer é a principal causa de morte. São 124 cidades, dentre elas, Caxias do Sul e Gramado. Enquanto em todo o País as mortes pela doença representam 16,46% do total, no território gaúcho esse índice chega a 21,64%.

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