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Mercado de trabalho dá sinais de retomada

Os setores de serviços, comércio e indústria impulsionaram o mercado de trabalho de Santa Cruz do Sul e fizeram com o que município tivesse a melhor variação entre contratações e desligamentos do Estado em fevereiro. Se contabilizado todo o primeiro bimestre do ano, o saldo positivo foi de 1.770 vagas. Os dados foram divulgados essa semana pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Os números indicam que o País pode estar, depois de dois anos com mais demissões do que contratações, finalmente voltando a gerar empregos. É o que pensam o secretário de Desenvolvimento Econômico, Cultura e Turismo, Léo Schwingel, e o presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI), Ario Sabbi. Segundo Sabbi, os primeiros dados positivos na empregabilidade, mesmo que ainda tímidos, emitem sinais de um futuro mais animador para o Brasil. “Qualquer pequena melhora é interessante para a economia. Isso traz uma sensação de confiança, de que o País possa ter saído da estagnação”, acrescentou.

Para Schwingel, a variação positiva é um reflexo das medidas do governo federal. Ainda de acordo com ele, o desempenho de Santa Cruz se deu muito em razão da confiança dos empreendedores que não desistiram de investir na cidade. “O município tem uma economia diversificada e isso tem atraído empreendedores”, destacou. 
No ranking de fevereiro, Venâncio Aires aparece em segundo lugar, com 1.719. O Rio Grande do Sul teve a terceira melhor variação em comparação com outros estados, com saldo de 10,6 mil.

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O mercado gaúcho somente perdeu para São Paulo, que obteve 25,4 mil, e Santa Catarina, que gerou 14,8 mil vagas. No País, os números, embora pequenos, também foram animadores. No total, o primeiro bimestre teve uma variação positiva de 35,6 mil empregos. Essa é a primeira vez que o Brasil gera novas vagas de empregos formais após um período de quase dois anos.

Um ano e meio de espera

Depois de ficar um ano e meio desempregada, Cláudia Beatriz da Silveira, de 41 anos, finalmente conseguiu uma colocação, como vendedora em uma papelaria. Ela foi admitida em janeiro deste ano, ainda como funcionária temporária, mas está se dedicando ao máximo para conseguir a contratação.

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Mesmo com larga experiência no setor de comércio, Cláudia demorou até a encontrar um emprego. Nesse meio tempo, trabalhou sem carteira assinada. No entanto, sem estabilidade, seguiu distribuindo currículos. “Tem que ter persistência e foco. A situação ainda não é como era há uns cinco anos, mas está melhorando”, conclui.

Indústria adia contratações

A indústria foi um dos setores com saldo positivo (1,8 mil vagas), contudo não tão expressivo quanto o primeiro bimestre do ano passado, quando a variação foi de 2,1 mil empregos. O presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo), José Milton Kuhnen, aponta a questão estratégica das empresas fumageiras como o fator da queda. “As razões podem ser muitas, desde o preço do fumo ainda não ter sido acertado como o próprio produtor estar segurando a safra.” A variação cambial, com tendência de queda do dólar desde o início do ano, também é vista como um motivo – as empresas estariam aguardando uma reversão do quadro antes de dar impulso às contratações de safreiros.

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