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Santa Cruz

Modernização do aeroporto não decola por falta de recursos

Um dia após anunciar um aporte de R$ 120 milhões do governo federal para os aeroportos de Passo Fundo, Santo Ângelo e Caxias do Sul, o secretário nacional da Aviação Civil, Dario Lopes, reconheceu à Gazeta do Sul que não há previsão para sair do papel a prometida expansão do Luiz Beck da Silva. O terminal santa-cruzense aguarda pelos investimentos desde 2012.

Conforme Lopes, as intervenções ainda não tiveram início em função de restrições orçamentárias. Ao todo, 15 aeroportos regionais do Rio Grande do Sul foram incluídos no programa e, por enquanto, apenas três estão com as obras encaminhadas – embora a licitação de Santo Ângelo só deva sair no fim do ano e a de Caxias, em 2018. “Começamos o ano com uma previsão de R$ 450 milhões e agora estamos trabalhando com R$ 231 milhões. Dependemos de uma melhora da condição orçamentária para dar sequência aos demais. É uma questão de ter recurso”, disse.

Ainda segundo o secretário, não há como afirmar hoje quais aeroportos vão ser priorizados. De acordo com Lopes, nenhum dos terminais restantes tem projeto concluído até o momento. Ele garantiu, no entanto, que a elaboração dos projetos não vai parar. “Esse é um programa de Estado, não de governo. Se a crise demorar mais do que estamos prevendo, outro gestor terá que licitar. Mas o importante é que teremos os projetos prontos para serem licitados assim que houver disponibilidade de recurso” disse.

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A revitalização é considerada fundamental para potencializar o terminal de Santa Cruz, que hoje serve à aviação executiva, e tentar atrair o interesse de companhias em operar rotas regulares a partir do município.

Falta mobilização

Para o presidente da Frente Parlamentar de Aviação Civil da Assembleia Legislativa, deputado Frederico Antunes (PP), a região de Santa Cruz precisa se mobilizar com mais empenho para pressionar o governo federal e garantir que as obras se tornem realidade. “Várias comunidades estão se mobilizando e não vejo esse mesmo movimento de Santa Cruz. É preciso fazer um mutirão. O potencial do aeroporto precisa ser mais bem explorado e explicitado”, disse.

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Relatório da Anac determina redução dos lagos artificiais

Sem perspectiva de quando sairá do papel o investimento federal, a Prefeitura se prepara para fazer intervenções no aeroporto. Uma delas será o fechamento parcial dos cinco lagos artificiais localizados no complexo.

A necessidade da obra foi apontada em um relatório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em julho de 2012. Segundo o supervisor da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Gerson Weigel, o fechamento só vai atingir a extensão dos lagos que estiver a menos de 40 metros de distância do eixo da pista. 

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A medida é alvo de críticas da comunidade de Linha Santa Cruz e foi, inclusive, pauta de uma reunião da associação de moradores essa semana, já que o entorno dos lagos é utilizado como ponto de encontro e lazer, principalmente nos fins de semana. “As pessoas estão se queixando, porque os lagos embelezam o lugar e se transformaram em ponto turístico. Ficamos tristes, mas temos que aceitar”, observou o presidente da Amorlisc, Claudiomiro Flores. Das obras apontadas no relatório que estão pendentes, restam ainda a pavimentação e a implantação de canaletas na área de abastecimento.

Além disso, a Prefeitura espera contar em breve com um plano básico de zoneamento do aeroporto. Conforme o secretário de Planejamento, Jeferson Gerhardt, o plano vai regrar a ocupação do entorno do terminal, que está localizado em um dos principais pontos de expansão imobiliária do município – são 6 mil lotes previstos para Linha Santa Cruz no decorrer da próxima década. As regras vão abranger, por exemplo, o uso do solo e a altura das edificações.

O QUE ESTÁ PREVISTO

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Os investimentos do governo federal no aeroporto Luiz Beck da Silva devem chegar a R$ 29 milhões sendo 10% para desapropriações de áreas.

Deve ser construída uma nova Seção Contra Incêndio (SCI) de 400 metros.

Também deve ser implantado um novo pátio para aeronaves.

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A pista de pouso e decolagem deve ser alargada para comportar aeronaves de maior porte.

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