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Mobilização

Santa Cruz terá primeira Parada Gay no próximo mês

Com cartazes, bandeiras e balões, dezenas de pessoas participaram de um ato contra os crimes de homofobia na tarde deste domingo, 19, em Santa Cruz do Sul. A atividade, realizada na Praça da Bandeira, era alusiva ao Dia Mundial contra Homofobia, celebrado na última sexta-feira, 17. O evento também marcou o reinício das atividades da Organização Não Governamental (ONG) Desafios de Santa Cruz do Sul. A entidade estava desativada há cerca de um ano.

Presidente ONG, Ruben Quintana Filho, destaca que ações como essa realizada em Santa Cruz são fundamentais na sociedade brasileira. Ele lembra que o Brasil tem índices altos de crimes de homofobia e que diariamente é possível ver grupos se afrontando radicalmente. Para ele, essa também é uma maneira de discutir o tema com a comunidade. “É uma forma de lutarmos pelos nossos direitos e tentar desfazer esse quadro triste que vivemos no Brasil. Ninguém precisa ser, ninguém precisa gostar, ninguém precisa apoiar, mas respeitar o próximo é fundamental”, destaca. 

A questão apontada por Ruben também estava estampada em cartazes usados pelos participantes do ato. “Tirem o acento do amém e amem”, “O afeto te afeta?”, “O amor não é doença. Preconceito sim!” e “Não precisa ser LGBT para lutar contra a homofobia”, eram algumas das frases escritas pelos participantes. 

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Segundo Ruben, Santa Cruz tem um histórico de pessoas que não são homossexuais se engajarem na luta contra a homofobia. “A gente nunca sabe quando alguém vai ser homossexual. Não é uma questão de educação, não é uma questão de orientação ou de exemplos. A pessoa nasce homossexual. Ela não fica homossexual porque assistiu a um filme, porque o professor é homossexual ou porque ela viu na televisão”, ressalta.

Mister Diversidade Rio Grande do Sul, Alef Oliveira, de 25 anos, participou do ato realizado em Santa Cruz. Morador de Venâncio Aires, ele destaca a importância das cidades do interior terem esse tipo de manifestações. “Essa luta não é só para a bandeira LGBT. Quando nós falamos em diversidade, a gente abrange todos os tipos de preconceito. Então, esse tipo de movimento é importante para que as pessoas compreendam que a gente não quer pedir muito. Apenas paz e amor. Queremos sensibilizar mais as pessoas, para que o ódio e a violência que circula na sociedade diminuam. Apenas queremos respeito”, comenta. 

Participante do movimento, Eduarda Helfer, de 38 anos, também menciona que o objetivo da atividade era justamente conscientizar as pessoas sobre o respeito, porque sem ele não é possível viver em harmonia. Conforme os organizadores do ato, cerca de 60 pessoas participaram da atividade. Durante a tarde também aconteceu uma encenação feita por alguns participantes. O Mister Diversidade Rio Pardo também compareceu no evento. 

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Parada Gay 

Durante a mobilização na tarde deste domingo foi definida a data da primeira Parada Gay de Santa Cruz do Sul. A atividade será realizada no dia 29 de junho, a partir das 16 horas. Segundo Ruben, a expectativa é realizar uma caminhada da Praça da Matriz até a Praça da Bandeira, onde atividades culturais serão promovidas. 

Nesse domingo também foram definidos os integrantes que irão compor a diretoria da ONG Desafios. De acordo com o presidente da entidade, a ideia é realizar uma reunião com os novos membros na próxima semana e a partir disso dar andamento ao pedido de reativação do Conselho Municipal da Diversidade Sexual.

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