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Agroecologia

Evento mostra preocupação com a segurança hídrica

Foto: Divulgação

Painelistas mostraram dados de estudos relacionados à questão água–agrotóxicos

Cerca de 150 pessoas, entre estudantes, professores, pesquisadores, agricultores, técnicos e demais interessados na temática da segurança hídrica e da agroecologia, participaram nessa terça-feira, 12, do 5º Seminário Regional de Agroecologia (Sera), na sede da Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc), em Linha Santa Cruz. O evento da Articulação em Agroecologia do Vale do Rio Pardo (Aavrp) foi dividido em três eixos, com debates, exposição de pesquisas e reflexão sobre as condições da água no planeta.

Pela manhã, o professor Leonardo Melgarejo, vice-presidente da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), apresentou um panorama da questão água–agrotóxicos no Brasil e no mundo, com ênfase nas questões de bioética. “A situação no planeta é muito grave, justamente por não termos planeta B”, afirmou. “Nossa única possibilidade de manutenção da vida é no planeta terra, e os agrotóxicos, a transgenia e o agronegócio predatório vêm nos tirando essa possibilidade em um curto espaço de tempo.”

Já à tarde, no eixo Pesquisas acadêmicas, foi a vez de Evandro Lucas. Ele é mestrando em Desenvolvimento Rural na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), agrônomo formado pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) e egresso da Efasc. Lucas falou de seu trabalho de conclusão de curso sobre as condições da água da Bacia do Jacuí, em Cachoeira do Sul, mostrando, segundo garantiu, o quanto é difícil descontaminar a água quando há agrotóxico. “O que precisamos pensar é o modelo de agropecuária vigente no Brasil, que não respeita a natureza, em nome do lucro a qualquer preço”, assinalou.

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Experiências

Logo em seguida, o professor João Paulo Reis Costa, da Efasc, apontou uma série de pesquisas que relacionam a água e a contaminação por agrotóxicos. “É preciso, cada vez mais, investir em pesquisas, para sair da mera opinião e assim qualificar a discussão e apontar caminhos viáveis na construção do paradigma agroecológico.” No painel final houve relatos de experiências com a proteção das nascentes e curso d’água. Destaque para a jovem agricultora e estudante do terceiro ano da Efasc, Vitória Greiner, que trouxe a sua prática de limpeza e reflorestamento do arroio que passa na sua propriedade, em Gramado Xavier. Já o estudante do Bacharelado em Agroecologia, egresso da Efasol e técnico da Cooperfumos, Marcelo Lessing, mostrou o trabalho pelo sistema agroflorestal e a recuperação de nascentes em Vale do Sol. Por fim, a presidente do Comitê Pardo, Valéria Borges Vaz, falou do trabalho do Comitê na região.

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