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SOLIDARIEDADE

Voluntários se oferecem para ajudar quem precisa ficar isolado

Foto: Alencar da Rosa

O isolamento social é, segundo as autoridades de saúde, a principal medida para conter o avanço rápido do coronavírus ao redor do mundo. Dispensados do trabalho ou em regime de plantão à distância, trabalhadores ativos e inativos devem cumprir esta recomendação. E para quem tem mais de 60 anos, ou alguma doença pré-existente, a ordem para ficar em casa é reforçada.

Pelas redes sociais, nos elevadores dos prédios, anônimos se sensibilizam com a dificuldade de quem tem a recomendação extra de ficar em isolamento e oferecem ajuda. Carona para transportar mercadorias, compras em farmácia ou supermercado, ou apenas um ombro amigo para dividir a angústia que instalou-se no cotidiano de todos. A solidariedade está em alta e parece ser o efeito positivo na pandemia do coronavírus.

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Schünke: experiência em dificuldades

O agente da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Santa Cruz do Sul, Flávio Daniel Schünke colocou seu conhecimento e técnica de lidar com situações difíceis – treinadas há 16 anos na profissão de policial –, para o enfrentamento da pandemia. Ele não atua na área da saúde, mas pode ajudar a manter a ordem na vida de quem passa por dificuldade. “Eu me coloquei à disposição para ajudar aqueles que têm dificuldade”. Schünke está disposto a fazer compras em supermercado ou farmácia para quem mora em Vera Cruz e Santa Cruz do Sul.

O advogado Guilherme Flores Klafke e a esteticista Larissa de Aquino Landskron, ambos de 32 anos, deixaram no elevador do prédio onde moram um recado inspirador. Moradores da torre Sul do edifício Keller Haus, no Bairro Santo Inácio, em Santa Cruz do Sul, reforçam aos vizinhos dos grupos de risco para que não saiam de casa e se prontificam a buscar produtos em supermercados, padarias e farmácias.

“Se precisarem de algo, qualquer coisa, podem contar conosco. Nos chamem que vamos para vocês”, reforça o bilhete. O casal deixou espaço para que outros moradores também se candidatem para fazer o bem: nesse sábado a lista já tinha mais três casais voluntários.

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Guilherme e Larissa: amor ao próximo e empatia

Conforme Larissa, em meio a todo caos que se instala no mundo, é hora de as pessoas pensarem e cuidarem de si mesmas e de seus semelhantes. “Colocar em prática o amor ao próximo, a empatia, o cuidado, e fazermos dessa situação uma forma de aprendizado. Estamos todos em casa, nos cuidando, curtindo nossas famílias, e logo estaremos todos nos abraçando novamente”.

“Enquanto isso, seguimos as recomendações para que o mais cedo possível isso passe”, destacou. Além disso, contou que a ideia de estender a mão veio através de outras ações semelhantes que os inspiraram na internet, somado ao fato de seus pais também serem dos grupos mais vulneráveis ao vírus.

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A empresária santa-cruzense Cláudia Mara Leal também está à disposição para ajudar. Colocou seu automóvel como meio de transporte e já fez a primeira “tele-entrega”. “Eu levei um saco de milho para uma senhora, lá no Bairro Santuário. Ela é ajudada por uma outra pessoa que tem mais idade também, e agora neste período não estaria disponível. Acho que o milho era para os animais que ela cria”, contou Cláudia.

A empresária explica que talvez conviver com a solidão seja um dos maiores desafios à uma determinada parcela da população que mora sozinha. “Faz dez anos que eu moro sozinha e eu posso dizer, a gente aprende a lidar com isso. Sempre há alguma coisa para fazer quando estamos só, eu posso aconselhar também, quem quiser”, ofereceu.

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Cláudia: máscaras e luvas para proteção

Atos de carinho e compaixão compartilhados
A enfermeira Débora Thier, moradora do Bairro Higienópolis, de Santa Cruz do Sul revela que tem sido a entregadora de pedidos de familiares. Tios e avós têm solicitado a ajuda dela que também está disponível a quem mais precisar. “Todo mundo está precisando de um pouco de carinho e apoio. Em meio ao caos, necessitamos mais do afeto”, definiu.

Débora: todos precisam de afeto

Débora também se coloca à disposição de quem necessitar fazer compras. Por ser uma profissional da área da saúde ela sabe a importância de se colocar em isolamento e recomenda a medida, ao distribuir otimismo a quem necessita. “É uma fase, mas vai passar. Neste momento a gente precisa se isolar para depois voltarmos a nos abraçar.”

A jornalista vera-cruzense Heloísa Letícia Poll também entrou na onda solidariedade virtual. Por conhecer a região ela se coloca à disposição como motorista e compradora para quem precisar. “Como eu tenho carro, posso fazer compras em supermercado ou, até mesmo, alguma outra necessidade. Eu conheço muita gente e posso ajudar quem precisa”, explicou. Heloísa está em isolamento e trabalhando na modalidade home office.

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Ela conta que entende a dificuldade de algumas pessoas, quanto à tarefa de cumprir o isolamento. “Este não é o momento de apontar o dedo para ninguém. Precisamos reconhecer que esta é a hora de olhar para dentro de cada um de nós e fazermos a nossa parte”, complementou a jornalista.

Heloísa: ajudar sem julgar ninguém

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