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Safra 2020/21

FOTOS: chegou a hora do transplante das primeiras mudas de tabaco à lavoura

Foto: Rafaelly Machado

Os pais, Asti e Ereneu, com o casal Liane e Shirlei: o trabalho com o tabaco já começou em Linha Antão

Pelo segundo ano consecutivo a família Câmara-Scherner, de Linha Antão, no interior de Santa Cruz do Sul, antecipou o transplante de mudas de tabaco na propriedade. Nos nove hectares de terra são plantados 50 mil pés de tabaco, em uma ação que já começou. Antecipando em algumas semanas o plantio, os produtores esperam obter mais peso nas folhas e, ao mesmo tempo, evitar o calor excessivo do verão na hora da colheita.

Sirlei Marcos Scherner conta que nos primeiros dias de transplante, na segunda-feira, 25, e nessa terça-feira, 26, pela manhã, ele, a esposa, Liane Gilmara Câmara Scherner, e os pais dela, Asti e Ereneu Câmara, plantaram um total de 12,6 mil mudas. “Se tocássemos uma semana direto, com ajuda de máquina, todas as 50 mil mudas seriam transplantadas de uma só vez”, disse. O trabalho na propriedade, dedicado à produção de tabaco e à criação de gado de corte, é de responsabilidade dos dois casais.

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Scherner frisa que o tabaco plantado agora cresce logo e fica com a folha mais forte, por causa das temperaturas mais baixas. A muda não está imune à geada; porém, segundo ele, sofre menos quando adaptada ao canteiro da lavoura. “A gente ganha mais peso e, na hora da colheita, as folhas ficam menos queimadas do sol, assim como o trabalho, que é menos difícil para a gente”, complementou o produtor.

Plantando agora, a família colhe tudo até o fim de outubro, período em que começam também os temporais de vento e granizo, por conta da chegada da primavera à região. “A chuva dos últimos dias também ajudou, pois foi suficiente para garantir a umidade necessária do solo para o transplante das mudas”, destacou Liane. A produtora, que cursa Pedagogia, aproveita o período de aulas a distância para acelerar os processos na lavoura de tabaco da família.

Germinação: 70 dias é o tempo necessário para que as sementes de tabaco se transformem em mudas e possam ser plantadas na lavoura.

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Imune à estiagem

Como a família de Linha Antão antecipou o tabaco já na safra passada, a produção não foi afetada pela falta de chuva que castigou o Rio Grande do Sul desde novembro do ano passado. O contrário, a chuva em excesso ainda em outubro de 2020, prejudicou a colheita dos últimos pés de tabaco. “Aquela chuva em grande quantidade nos prejudicou no fim da safra passada”, confirmou Scherner.

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O sogro dele, Ereneu Câmara, revela que a estiagem foi muito grande. A propriedade não chegou a ser tão impactada com a redução nas chuvas, pois há nascentes nas terras da família. No entanto, vizinhos perderam o milho e as forrageiras para o gado. “Nós temos cabeças de gado de corte e estas estão com a alimentação garantida. Não faltou água, nem para o milho. Tivemos muita sorte”, complementou Câmara.

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Em 14 de abril passado, a Gazeta do Sul já apresentou o trabalho da família de Linha Antão. Com a semeadura do tabaco feita em 10 de março, antes de começarem as restrições por conta da pandemia do novo coronavírus, os produtores já estavam com as mudas em estado adiantado confirmando a transposição das plantas para agora. “No ano passado, fizemos este transplante um pouquinho mais tarde, mais perto do dia 30 de maio. Neste ano, ganhamos alguns dias”, complementou Scherner.

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