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Santa Cruz

Indústria ajuda a frear queda na empregabilidade

Foto: Banco de Imagens/Gazeta do Sul

Sem impactos significativos na contratação de trabalhadores temporários nas indústrias de tabaco, Santa Cruz do Sul conseguiu fechar o primeiro semestre de 2020 com saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada, apesar do recuo na atividade econômica imposto pela pandemia, e foi o terceiro município do País que mais abriu vagas no primeiro semestre. Por outro lado, a maior parte dos setores, incluindo comércio e serviços, registraram bem mais demissões do que admissões.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Entre janeiro e junho, Santa Cruz teve 12.643 admissões e 9.796 desligamentos, o que resulta em um balanço positivo de 2.847 vagas. Trata-se do pior saldo da série histórica do Caged. Em 2016, por exemplo, ano em que o município sentiu com mais força a crise econômica iniciada em 2014, o primeiro semestre encerrou-se com um saldo de 3,3 mil postos de trabalho criados.

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Os números mostram que os efeitos da pandemia só não foram mais agudos em razão do setor fumageiro, que manteve as contratações sazonais praticamente estáveis em relação ao ano passado. Conforme relatório divulgado na semana passada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação (Stifa), até agora foram apenas 274 contratos a menos do que no ano passado. Uma nova leva de admissões nas empresas no mês de junho elevou o número de funcionários nas usinas e, com o atraso gerado pelo período em que as operações estiveram paralisadas, a tendência é que os safreiros sejam mantidos por mais tempo. O fechamento de uma unidade da Souza Cruz em Santa Catarina, em setembro do ano passado, levou a um aumento na demanda por mão de obra em Santa Cruz.

Em segmentos como comércio e serviços, ainda não há sinais concretos de reação. Juntos, os dois setores fecharam mais de 1,2 mil postos nos últimos seis meses, o que é reflexo das restrições geradas pelo distanciamento social e da queda na renda média da população. O pior mês, de acordo com o Caged, foi abril. Já a construção civil, após três meses de saldo negativo, contratou mais do que demitiu em junho, o que indica um reaquecimento do mercado motivado pela redução na taxa básica de juros e aumento da oferta de financiamentos imobiliários, entre outros.

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Também puxado pela indústria fumageira, Venâncio Aires foi o município com o melhor resultado na geração de empregos em todo o País no semestre. No Rio Grande do Sul, o saldo negativo foi de 94,4 mil – destes, 23,3 mil apenas em Porto Alegre. Em todo o Brasil,1,1 milhão de empregos foram fechados.

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