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Agricultura

Confira os resultados da safra de tabaco 2019/2020 nos três Estados do Sul

A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) finalizou nesta sexta-feira, 9, os números referentes à safra de tabaco 2019/2020. A produção, nos três Estados do Sul do Brasil, fechou em 633.021 toneladas, sendo 564.962 toneladas na variedade Virgínia, 58.912 no Burley e 9.147 na variedade comum.

Comparada com a safra 2018/2019, que finalizou com 664.355 toneladas, houve redução de 4,8% no Virgínia e 9,5% no Burley, enquanto houve aumento de 7,3% na variedade comum.

Já a produtividade teve queda apenas no Rio Grande do Sul, na variedade Virgínia: na safra 2018/2019 era de 2.244 quilo por hectare, enquanto na 2019/2020 caiu para 1.895 quilo por hectare (-15,6%). Também no estado gaúcho, na variedade Burley, houve aumento de 7,2%, passando de 1.971 quilo por hectare para 2.113 quilo por hectare.

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Os produtores catarinenses tiveram incremento de produtividade nas duas variedades: Virgínia, passando de 2.320 quilo por hectare para 2.456 (5,9%), e no Burley, de 2.116 para 2.146 quilo por hectare (1,4%). No Paraná, também houve aumento: no Virgínia, de 2.194 para 2.336 quilo por hectare (6,5%), e no Burley, de 2.167 quilo por hectare para 2.346 (8,3%).

Sobre o preço médio praticado na safra 2019/2020, o presidente da Afubra, Benício Albano Werner, destacou que foi um ano ruim para os fumicultores. “O reajuste nas tabelas das empresas fumageiras ficou entre 2 a 4%. Porém, na esteira, no momento da comercialização, numa média dos três Estados do Sul do Brasil, o preço praticado ficou em R$ 8,86 por quilo, ou seja, um aumento de apenas 0,34% em relação ao preço médio praticado na safra passada (R$ 8,83)”, disse.

“Na variedade Virgínia, que responde por 564.962 toneladas, o preço médio ficou em R$ 8,98, um aumento de 0,64%, pois, na safra passada, o preço médio ficou em R$ 8,92 por quilo. Isso trouxe um prejuízo considerável aos fumicultores”, destacou Werner.

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RANKING

O ranking dos municípios com maior produção de tabaco, nos três Estados do Sul do Brasil, também sofreu mudanças na safra 2019/2020. “Por muitos anos, Venâncio Aires (RS) foi o maior produtor; aí passou para Canguçu (RS)”, comentou Werner.

Nesta safra, o maior produtor é São João do Triunfo, do Paraná, seguido por Canguçu, Itaiópolis (SC), Rio Azul (PR), Canoinhas (SC), Venâncio Aires, São Lourenço do Sul (RS), Ipiranga (PR), Santa Terezinha (SC) e Prudentópolis (PR), segundo o presidente da Afubra, que destacou a produtividade dos fumicultores de São João do Triunfo, que alcançaram 2.347 quilo por hectare.

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GRANIZO

Todas as regiões produtoras de tabaco já foram atingidas pelo granizo. Desde o início da safra 2020/2021 até esta sexta-feira, o Sistema Mutualista da Afubra já registrou 6.640 lavouras atingidas, contra 2.911 na safra passada, no mesmo período. Os números significam um aumento de 128%.

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De todas as 14 microrregiões, as mais afetadas são a de Ituporanga (SC) com 1.375 lavouras, a matriz com 1.089 e Rio do Sul (SC), com 1.043 lavouras atingidas. “No início da safra atual, o número maior de lavouras atingidas deve-se à antecipação do plantio, em algumas regiões, pois o produtor quis escapar da previsão da estiagem a partir de dezembro. Porém, somente no Paraná as lavouras estão na finalização do plantio, devido à falta de chuvas”, esclareceu Werner.

Quanto aos prejuízos, o presidente afirma que ainda não é possível estimar valores. “Nossa equipe de campo está atendendo nossos associados, mas, já temos relatos de perdas totais, principalmente, essa semana, na microrregião de Ituporanga. Dependendo do estágio de desenvolvimento da planta, ainda há a possibilidade de recuperação e de conseguir uma boa safra. Porém, se já foi aplicado o antibrotante, aí, não se permite mais o manejo de formação de broto”.

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