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PASSO DO SOBRADO

Fumicultor adota novo manejo para aumentar a produtividade

Foto: Alencar da Rosa

Ivo Sasse, de Cerro da Boa Esperança, em Passo do Sobrado, gostou do resultado: o tabaco ganhou mais peso e tamanho

Maior tamanho de folha, mais peso e maior produção são alguns dos aspectos que o agricultor Ivo Sasse, que há 28 anos toca a sua propriedade rural em Cerro da Boa Esperança, Passo do Sobrado, notou ao utilizar no tabaco um novo fertilizante orgânico – produzido a partir do esterco de aves –, aliado a um novo modelo de manejo do solo. Nesta semana, sindicatos rurais de Venâncio Aires participaram de um encontro na lavoura de Sasse, para conhecer a novidade.

Para o produtor rural, os resultados são facilmente observados e podem representar entre duas e três arrobas a mais a cada mil pés de tabaco plantados. Ivo comenta que o adubo, que vem de Santa Catarina, serve para todos os tipos de lavoura. Ele já observou melhorias em outras culturas plantadas em sua propriedade. “Pode colocar no milho, na horta, no feijão e na pastagem também é muito bom”, atesta.


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Mas a eficiência do fertilizante, produzido pela catarinense Natu Max, está atrelada ao uso correto do solo. O produtor explica que os melhores resultados vieram quando ele mudou o sistema de adubagem da plantação. Agora, o fertilizante orgânico vai na mesma cova que a planta, na hora do transplante.

“Esse ano foi colocado no pé, dentro da covinha, e o resultado é melhor. Antes era jogado na lavoura e em seguida pegava o trator e o arado. Só depois eu plantava, mas o produto ficava no chão. Agora eu planto e logo depois eu coloco o fertilizante ali. A adubagem é direto no pé.”

Segundo o representante comercial da fabricante, Pedro Ariotti, a intenção é oferecer o fertilizante para um maior número de produtores através de parcerias com as entidades rurais. “Há vantagens em ter o orgânico na lavoura, você vai criar micronutrientes que vão desenvolver a planta. Estamos há oito anos na região e a partir do próximo ano queremos formar parcerias com sindicatos, por isso chamamos os presidentes aqui. O associado, ou mesmo o não associado, pode comprar o produto no sindicato e obter muitas vantagens”, ressalta Pedro.

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Fabricante recolhe e processa esterco de perus para a produção do fertilizante | Foto: Alencar da Rosa


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Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Venâncio Aires, Gilmar de Oliveira, as conversas com os produtores têm sido positivas nesse sentido. “Estamos conhecendo o produto agora, mas tudo o que vier para o bem do agricultor é de grande valia. Por isso viemos participar desse encontro, para podermos levar ao nosso produtor e poder dizer que isso realmente dá resultado”, avaliou o representante do sindicato, que conta com 3,7 mil associados em dia.


Aprovação

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O presidente do Sindicato Rural de Venâncio Aires, Ornélio Sausen, disse que já aprovou o fertilizante em sua própria lavoura. Ele está animado com a possibilidade de incrementar a produção agrícola da região sem a necessidade de aumentar a área plantada. “Temos que fazer quantidade e qualidade. Essa é a ciência para poder vender bem o teu produto. Você olha o pé de tabaco daqui e olha para o da outra lavoura (que não utiliza o mesmo sistema), e percebe que lá precisa de três pés de tabaco para dar esse pé aqui”, comenta o dirigente sindical.

Segundo o gerente da Natu Max, Vanderlei Júnior Enderle, a empresa tem sede em Itapiranga, no Oeste de Santa Catarina, e possui três unidades industriais no Estado, com filiais em Planalto Alegre e Vargem Bonita. Ele conta que as cidades, localizadas nas proximidades do Rio Uruguai, perto da divisa com o Rio Grande do Sul, têm excedente de matéria-prima para a produção do adubo, pois são produtoras de aves, principalmente perus, de onde é coletado o esterco mais tarde processado e transformado no fertilizante orgânico.

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